Um dos chefões da milícia que atua no bairro de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, foi preso, em um apartamento de cobertura no Recreio dos Bandeirantes. Um mandado de prisão contra Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como "Fininho", foi cumprido por 11 agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio (MPRJ).
O miliciano havia sido condenado recentemente pelo IV Tribunal do Júri da Comarca da Capital, por ser integrante da organização criminosa de Rio das Pedras e região. O mandado de prisão contra ele foi obtido pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ. 'Fininho' também já tinha sido preso, em 2019, após ser denunciado na operação 'Intocáveis'. Ele progrediu para o regime aberto, obteve o benefício do livramento condicional e foi posto em liberdade em fevereiro do ano passado.
Entretanto, por conta de um erro do sistema prisional, não foi verificado que o criminoso também estava preso por ordem do juízo da 1° Vara Criminal Especializada da Capital, em que ele e seus comparsas respondem por atos de lavagem de dinheiro. Ao saber sobre o ocorrido, o Ministério Público informou ao juízo, que expediu um novo mandado de prisão preventiva contra Marcus Vinicius.
Cúpula da milícia de Rio das Pedras está presa
Na noite de 24 de fevereiro, uma ação da
Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO-IE) prendeu seis suspeitos de integrar a cúpula da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade. Os presos foram identificados como Fabiano Cordeiro, o "Mágico", João Henrique Pedro da Silva, conhecido como "Pezão", Rodrigo Bastos Moraes, o "Digão", Daniel Crichigno, vulgo "Buiu", Marcos Alves de Souza e Irlan Andrade dos Santos.
De acordo com a especializada, Mágico seria um dos líderes locais, junto com Pezão e Digão. Apesar da proximidade com o miliciano Tandera, o grupo paramilitar da comunidade tem autonomia para agir sozinha, sendo uma das mais antigas da capital. Buiu, Marcos e Irlan seriam os seguranças do trio. As investigações são realizadas há pelo menos dois meses por meio de um trabalho de mapeamento e monitoramento da organização criminosa. A ação fez parte do programa Cidade Integrada.
Durante o período de investigação, segundo a Polícia Civil, diversas ações de inteligência foram realizadas, inclusive, dentro da própria comunidade, para que a Polícia Civil atingisse todas as lideranças da milícia no local. Os seis presos foram autuados por porte ilegal de arma e constituição de milícia. A delegacia destacou que tanto a Zona Oeste, quanto a Baixada Fluminense, estão sendo monitoradas diariamente, por agentes da unidade, com o objetivo de enfraquecer e liquidar as milícias locais.