O traficante carioca Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, deu entrevista para a imprensa do Paraguai nesta semana. Preso no país vizinho desde dezembro do ano passado, ele revelou que recebe proteção de policiais corruptos:
"Pagava muito para receber proteção, tenho provas. Se algum policial se interessar, pode dar meu telefone", disse. Ainda na entrevista, Piloto.admitiu que compra e vende armas e drogas.
"Eu vendo coisas ilícitas. Sou comerciante. Todo mundo sabe que me dedico ao comércio de armas e drogas. Eu compro em Assunção e vendo em Ciudad del Este, em Pedro Juan Caballero e Salto del Guairá “
O criminoso admitiu fazer parte da facção criminosa Comando Vermelho, que domina favelas do Rio e contou como passou a integrar o grupo:
"Quando você é preso no Brasil tem que escolher um grupo. Eu como estava em um setor que era predominantemente Comando Vermelho, me associei a eles. Eu era um simples assaltante e me colocaram junto a homicidas e sequestradores", disse.
Ele negou, porém, envolvimento com grupos terroristas e com pessoas que foram presas recentemente com explosivos no Paraguai. De acordo com a polícia do país vizinho, esses suspeitos pretendiam resgatá-lo na cadeia.
"Não sou terrorista e nunca fui. Isso é totalmente falso e são as autoridades que me expõem assim para a imprensa", disse na entrevista.
Piloto afirmou que, há 22 anos, a polícia brasileira lhe prendeu por ter participado de um assalto no Rio. Foi condenado a 20 anos de prisão mas, por bom comportamento, só ficou preso 10.
O traficante falou também que na prisão não conta com televisão nem nenhum meio de comunicação onde caiu em contradição já que admitiu que continua operando no tráfico de drogas.