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Continua preso

Justiça nega revogação da prisão de sargento da Marinha que matou vizinho em São Gonçalo

Sargento disse que confundiu Durval com um assaltante


Durval Teófilo Filho foi morto ao chegar em casa. Foto:Reprodução/Wikipedia

A juíza Juliana Grillo El-Jaick, do 4º Tribunal do Júri de São Gonçalo, manteve a prisão preventiva do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, preso desde fevereiro acusado pela morte de Durval Teófilo Filho. O pedido da revogação da prisão foi apresentado pela defesa de Aurélio, em audiência de instrução e julgamento realizada nesta segunda-feira (04/04). Durval foi morto em fevereiro na frente do condomínio onde morava, em São Gonçalo, acertado por dois dos três tiros disparados por Aurélio, quando voltava para casa do trabalho.

Familiares e amigos de Durval estavam no Fórum Juíza Patrícia Acioli. Aurélio também estava presente na audiência. Segundo Aurélio, ele confundiu Durval com um assaltante e teria disparado, de dentro do carro, quando ele colocou a mão na mochila, que estava na frente do peito, para pegar algo.

Foram ouvidas 11 testemunhas de acusação e de defesa na AIJ. Luziane Teófilo, viúva de Durval e assistente de acusação, contou que escutou os tiros e depois conferiu pelo circuito interno de câmeras do condomínio, pelo celular, o que tinha acontecido. Porém, ela não sabia que era o marido. Um pouco depois, disse ter escutado Aurélio falar "cara, fiz uma merda", em uma conversa embaixo de sua casa.

Como a filha havia visto que Durval já tinha deixado a van e caminhava para casa, Luziane imaginou que o marido demorava a chegar pois estaria ajudando os outros vizinhos a socorrer a pessoa baleada na calçada. Apenas quando uma vizinha bateu em sua casa segurando a mochila e o chinelo sujo de sangue de Durval que ela soube o que tinha acontecido. Segundo a viúva, ele já chegou morto ao hospital e Aurélio não se aproximou ou tentou falar com ela.

Três moradores do condomínio, que depuseram como testemunhas de acusação, afirmaram que nunca souberam de nenhum assalto em frente ao condomínio.

Os policiais civis Mário e Karla afirmaram que, nas oitivas realizadas logo após a morte de Durval, nenhuma das testemunhas disse algo sobre questões raciais ou atitudes preconceituosas cometidas por Aurélio contra a vítima no cotidiano do condomínio.

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