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Soldados removem comunidade de terreno vizinho ao Galeão

Em cumprimento a uma ordem de despejo, soldados da Aeronáutica removeram à força moradores da comunidade Maracajá.

Por Claudio Rangel em 13/11/2018 às 17:32:37

Moradores da comunidade de Maracajá, no Galeão, foram removidos à força. Foto: Reprodução

Moradores da comunidade de Maracajá, no Galeão, Ilha do Governador, foram removidos à força, na manhã desta terça-feira (13), por militares da Aeronáutica, acompanhados por agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal, para cumprir mandado de integração e posse.

Moradores relatam no Facebook que um forte aparato da PM, da Polícia da Aeronáutica, da Guarda Municipal e da Polícia Civil agrediram moradores, bloquearam a entrada da comunidade e impediram o acesso dos moradores por um bom tempo.

Líder relata operação

A líder comunitária de Maracajá, Di Cunha, disse que os soldados da Aeronáutica chegaram de surpresa pela manhã, ) com o mandado expedido em setembro do ano passado para fazer a sua reintegração de posse.

"Essas famílias não foram notificadas. Chegaram aqui forçando, com a Polícia Militar, com a Guarda Municipal, com Polícia da Aeronáutica e com cachorros".

Di Cunha revela que houve grande confusão durante a remoção das famílias:

"Fomos agredidos. Entre os moradores estavam idosos. Um rapaz está aqui machucado. Arrastaram um menino na rua e empurraram senhoras pelo portão. Arrebentaram o portão. Estavam querendo invadir as casas aqui para tirar os moradores à força. Para não haver mais situações e machucar alguém, os moradores entraram em acordo para sair pacificamente e, na paz, tirar suas coisas", disse Di Cunha.

A comunidade Maracajá está localizada próximo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim Galeão. São 15 famílias que moram no local há quase 100 anos.

"A Aeronáutica sempre soube da existência deles aqui. Essas famílias chegaram antes da Aeronáutica, aqui no Galeão. São idosos, todo mundo gente do bem, crianças, pessoas trabalhadoras. A Aeronáutica abriu processo de reintegração de posse da área em 2017", explica Di Cunha.

Segundo a líder comunitária, as famílias foram desalojadas sem direito a indenização ou outro lugar para morar.

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