No carnaval de 1995, a Estácio de Sá homenageou o Flamengo e sua história centenária na Marquês de Sapucaí. Vinte e sete anos depois, a escola de samba fez uma releitura no enredo e, mais uma vez, levou o Rubro-Negro para a avenida.
O enredo foi dividido em cinco partes, todas em alusão aos momentos do futebol: “Pré jogo, Apita o Árrrbitro, SHOW DO INTERVALO, Rola a bola pro 2º Tempo e Errrrrrgue o braço (E a taça!)”. Os sósias dos jogadores do time atual, como Gabigol e Arrascaeta, também chamaram a atenção do público.
Duas alas, todas coreografadas e bem ensaiadas, se destacaram representando a conquista das Américas: “A Conquista de Montevidéu”, em alusão à Copa Libertadores da América de 1981, cuja final foi realizada no Uruguai; e "A Conquista de Lima", sobre a vitória no Peru em 2019.
Ex-jogadores do clube, como Adílio, campeão mundial pelo clube, deram brilho ao desfile, mas a ausência de Zico, maior ídolo do Flamengo, recém-operado, foi sentida. Como não poderia deixar de ser, as cores vermelho e preta, com muito brilho e ricas em detalhes, predominaram nas fantasias, alegorias, adereços e nos carros alegóricos, que homenagearam o time brasileiro que possui quase a metade da torcida brasileira.
Chamou a atenção também o colorido da representação dos uniformes flamenguistas na história: o azul e ouro, representando o céu da Guanabara e as riquezas do país; o "Papagaio de Vintém", quadrados rubro-negros; e o "Cobra-Coral", com listras horizontais em vermelho e preto. Este último, inclusive, veio vestindo o primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, Feliciano Júnior e Alcione Carvalho.
O tradicional baile carnavalesco do Vermelho e Preto; a Charanga Rubro-Negra, primeira torcida organizada do país; a mulambada - como a torcida é chamada pejorativamente pelos adversários; o urubu, símbolo e mascote do clube; e a festa na favela, como cantam apropriadamente os torcedores nos estádios, também foram lembrados na reedição rubro-negra da Estácio.