A importância dos projetos sociais que exigem comprovantes de matrículas escolares pode ser um divisor de água para o desenvolvimento humano das crianças e adolescentes, sobretudo, moradores de comunidades carentes, a partir deste ano, levando em consideração os dois anos de Pandemia global.
A inclusão social, seja através dos Esportes, Educação, Artes ou qualquer outro segmento que venha gerar valores, diretamente, para os jovens, e indiretamente para as famílias, torna-se uma ferramenta mais 'empoderada' diante da missão a ser cumprida. Os projetos sociais costumam ter um controle da relação dos interessados junto à assiduidade nos colégios. É exigência a apresentação de documentos que comprovem que o interessado em ingressar nas atividades sociais promovidas pelos projetos, sobretudo em comunidades, estejam matriculados nas redes públicas de ensino.
Os números apresentados pela Unicef para cada criança, em novembro de 2020, oito meses após o início da Pandemia, mostra que 41% dos alunos, entre 6 e 10 anos, evadiram das escolas; 31,2% entre 15 e 17 anos e 27,8% entre 11 e 14 anos. Na rede municipal de Ensino na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente 320 mil crianças, correspondendo 50% dos alunos matriculados, dependem de Bolsas para complementar a renda familiar.
Estudo da organização Todos pela Educação apontou que 244 mil alunos entre seis e 14 anos evadiram-se da escola, e aproximadamente, 700 mil estudantes estão desconexos entre idade e correlação com séries no Brasil. O aumento da evasão escolar em 2021 é 171% frente ao levantamento feito em 2019, O estudo teve como base de informações a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do segundo trimestre do ano passado.
Idealizador do projeto Samurais do Morro, que completará dois anos de atividades em setembro deste ano, o professor de Judô e Jiu-Jitsu, Cláudio Carelli, reconhece a importância das Artes Marciais para moldar o caráter, a personalidade e os valores das crianças. Segundo ele, qualquer Arte Marcial é um importante alicerce para o desenvolvimento das crianças e um apoio à base familiar.
"Nossa missão é mais árdua diante dos adventos tecnológicos que estão a cada diz trazendo novidades. O combate ao individualismo, mostrando que a cooperação é a alma de todo o cidadão para um bem coletivo, é nossa visão. Qualquer atividade de Arte Marcial procura afinar os assuntos direcionados ao respeito, disciplina, convivência com erros redução ou eliminação da agressividade e confiança. Assim, damos suporte para uma boa performance em sala de aula", diz o professor que possui empreendimentos junto aos colégios particulares em São Cristóvão.