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Juíza nega pedido de prisão para militar que atirou em atendente de fast food

Sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque foi flagrado por câmeras de segurança do Mac Donald’s da Taquara disparando contra funcionário

Por Anderson Madeira em 10/05/2022 às 08:56:47

Foto: Reprodução

A juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do plantão judicial, negou o pedido de prisão temporária, feita pelo delegado Ângelo José Lages Machado, da 32ª DP (Taquara) contra o sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque. Ele foi flagrado por câmeras de segurança de uma unidade do Mac Donald’s na Estrada dos Bandeirantes, na Taquara, Zona Oeste do Rio, agredindo e dando um tiro no atendente Mateus Domingues de Carvalho, de 21 anos. Imagens mostram o militar invadindo a cabine do drive-thru onde a vítima trabalha, socando-a e, com uma pistola em punho, atirando contra o rapaz.

A juíza declarou que, ainda que Paulo César tenha sido identificado por fotos e vídeos de redes sociais, não restou devidamente esclarecido no inquérito a origem de “tais elementos probatórios e a forma como foram obtidos”. Por isso, não foi possível solicitar o pedido de prisão.

Nas imagens, Paulo César saiu do carro, um Mercedez Bens, e começou a discutir com Mateus. Segundo testemunhas, a briga teria se dado devido ao uso de um cupom de desconto na compra que havia feito no estabelecimento. O sargento teria feito o pedido do lanche, mas só depois disse ter um cupom de desconto, o que levou o atendente a negar a abater o valor. Então, do lado de fora, o militar socou o atendente. Acompanhado de um homem, ele entrou na lanchonete, foi para a cozinha e andou em direção a Mateus, quando sacou a pistola da cintura e disparou no atendente, que caiu no chão. Assustados, os outros funcionários saem correndo pela loja.

No pedido de prisão, o delegado explicou que o reconhecimento por foto do criminoso foi feito pela testemunha do crime. Mateus está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca e o seu estado de saúde é estável.

Ainda naquele dia, Paulo César se apresentou na 32ª DP, onde, em depoimento, negou que o disparo da arma tenha sido intencional. Ele é acusado de tentativa de homicídio. O Corpo de Bombeiros instaurou um procedimento para apurar a conduta do sargento, além de ter suspendido o porte e a posse das suas armas. A corporação divulgou a seguinte nota sobre o episódio:

“O militar responderá civilmente pelos seus atos na justiça comum e, paralelamente, o comandante-geral da corporação, coronel Leandro Monteiro, determinou a suspensão imediata do porte e posse de armas do militar além da instauração de um inquérito policial militar para apurar a conduta do profissional e a abertura de um conselho disciplinar. O CBMERJ acompanha a operação e está à disposição para colaborar com as investigações. A corporação repudia veementemente todo e qualquer ato criminoso, assim como condutas ilícitas que transgridam os preceitos da ordem, da disciplina e da moral características da profissão de bombeiro militar”.

O Mac Donald's se pronunciou com a seguinte nota: “A companhia lamenta profundamente e informa que prestou socorro imediatamente ao funcionário, que foi levado rapidamente para o hospital pela polícia. A empresa está acompanhando e dando todo o suporte para seus familiares e já está colaborando com as investigações sobre o caso”.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, informou, através de assessoria de imprensa, que foi acionada para checar uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo em um estabelecimento do ramo de fast food na Estrada dos Bandeirantes, na Taquara. Chegando ao local, os policiais encontraram um atendente ferido e o socorreram ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. O autor dos disparos já havia fugido.


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