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Treinamento 3Dimensional traz nova abordagem para tratar hérnia de disco

Algumas estratégias de tratamento desse problema vão desde massagens, eletroestimulação, acupuntura, até cirurgias.

Por Portal Eu, Rio! em 29/06/2022 às 07:00:00

Essa patologia, que antes era considerada algo relacionada a idosos, hoje acomete todas as idades.

Nos últimos tempos muitas pessoas têm falado sobre a hérnia de disco com mais frequência que no passado. Algumas estratégias de tratamento desse problema vão desde massagens, eletroestimulação, acupuntura, até cirurgias. Todas elas têm por fundamento resistir à compressão e aliviar os sintomas.

Essa patologia, que antes era considerada algo relacionada a idosos, hoje acomete todas as idades. “Do ponto de vista físico, hoje nossa juventude tem características dos velhos da antiguidade. Isso se dá pelo fato de que, no passado, os trabalhos eram essencialmente braçais. Além do trabalho, o modo de vida daquela época também tinha uma maior demanda física, pois não existiam carros, trens, aviões, navios, elevadores, televisão, videogame, celulares, ou seja, até se você não tivesse um trabalho, você seria muito mais ativo do que pessoas altamente ocupadas hoje em dia”, afirma o personal trainer Samorai, especialista em movimentos e treinamento 3Dimensional.

O movimento tem sido considerado um grande aliado desse tratamento, já que se torna um ótimo meio para reabilitação ou prevenção dessa lesão. “Ao contrário das abordagens tradicionais, no treinamento 3Dimensional não olhamos o sintoma, mas sim as causas. Toda e qualquer lesão, seja ela hérnia, tendinite ou qualquer outra, não são causas em si, mas resultado da quebra da harmonia do nosso corpo. Esse é um princípio fundamental do pensamento 3D, em condições normais de funcionamento, ninguém deveria ter hérnia”, explica Samorai.

É importante descobrir a causa dessa hérnia. Isso pode ocorrer de duas formas: um acidente ou o resultado de pequenas disfunções que são desenvolvidas ao longo do tempo e que geram compensações no movimento. Por exemplo, uma pessoa que bate o carro. Nessa batida, uma energia muito grande chega ao disco que não é capaz de suportar e se danifica gerando a lesão. Outro exemplo diferente é uma pessoa que nunca sentiu nada, está fazendo o que sempre fez e trava, não conseguindo se mexer com uma dor insuportável e sem nenhuma posição que alivie.

“Para entender essa dor temos que entender para que serve o disco. Em uma explicação mais acessível, o disco seria como um amortecedor. Por ser uma região muito enervada, vital e sensível do corpo, ele tem inúmeras estratégias para dispersar cargas que poderiam chegar nesta região, comprimindo raízes nervosas ou mesmo gerando inflamações. Essas estratégias vão desde o controle dos movimentos até a força muscular. Se a carga passar por todas essas barreiras, ainda tem o disco para terminar de absorver esse pouco de carga que restar”, diz Samorai.

Devido ao modelo sedentário de vida que grande parte da população tem hoje, o tempo todo os discos estão absorvendo cargas que antes seriam absorvidas pelos músculos, pela cadeia de reação, pelas amplitudes articulares, por um movimento controlado e preciso. Como a função do disco não é suportar tanta carga e com tanta frequência, ele vai se deformando até que algum dia encontre uma raiz nervosa e a dor aparece.

Samorai explica que no caso de atletas ou pessoas ativas, por mais treinados que sejam, muitas vezes os padrões de movimento não são perfeitos. Uma pisada como os pés rodados para fora, por exemplo, pode, e muito provavelmente será, uma causa de hérnia de disco. Um peitoral encurtado também ou até mesmo uma timidez. Nesse caso, a cadeia de reação é a pessoa ser tímida e, por isso, ela se fecha projetando os ombros para frente. Essa posição aumenta significativamente a sobrecarga na base da coluna e isso por si só já seria potencialmente uma causa de uma hérnia.

O personal ainda afirma que de nada adianta pendurar a pessoa de ponta-cabeça ou aplicar choquinhos para aliviar a dor, se não for corrigido o problema da pisada dela que é uma das causas da lesão. Em conjunto com a analgesia, uma abordagem na causa, já que sem ela, uma cirurgia ou uma prótese não impedirá que o estresse continue chegando à região, visto que nada mudou em relação à causa.

“Resumindo, atividade física é um elemento fundamental para prevenção, mas essa atividade tem que ser 3Dimensional, com movimentos analisados sob essa ótica para que disfunções sejam corrigidas e esse movimento seja realizado com controle, precisão, amplitude, força e harmonia”, conclui o especialista.





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