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À queima-roupa

Defensoria assume representação da família de morta no Alemão

Três filhos e sobrinho de Letícia Sales, abatida com um tiro durante confronto na favela, exigem reparação na Justiça


Em reunião na sede, Defensoria Pública assumiu representação judicial da família de Letícia Souza, morta durante operação policial no Alemão. Foto: Ascom DPRJ

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) vai representar, na Justiça e nas esferas extrajudiciais, a família de Letícia Marinho Sales, morta durante operação no Complexo do Alemão, na última quinta-feira (21/7), ao sair de uma igreja. Ela foi atingida dentro do carro quando deixava a Vila Cruzeiro, uma das comunidades do Complexo, durante a operação policial. Os três filhos e o sobrinho da vítima estiveram na terça (26/7) na DPRJ para o primeiro atendimento. Depois, foram recebidos pelo defensor público-geral Rodrigo Pacheco e pela subdefensora pública-geral institucional Paloma Lamego.

Jenifer, Marcos e Jéssica, filhos de Letícia, e Neilson, sobrinho, foram atendidos por Guilherme Pimentel e André Castro, ouvidor e defensor público do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da DPRJ. Eles também passaram pela equipe de psicólogos da instituição. O trabalho contou com o acompanhamento de Mariana Rodrigues e Leonardo Guedes, procuradores da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), que atua em parceria com a Defensoria no caso.

O corpo de Letícia Marinho Sales foi enterrado às 11h30 de sábado, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Na sexta (22/7) à noite, moradores do Alemão fizeram um protesto pacífico pedindo paz para a região. As pessoas acenderam velas e levaram cartazes com dizeres "Pobreza não é crime", "Morador não é bandido"; "Menos tiros, mais escolas".

Depois do atendimento, os parentes de Letícia foram recebidos no gabinete, onde o defensor público-geral e a subdefensora pública-geral expressaram toda solidariedade diante da perda precoce decorrente da violência estatal.

– Manifestamos toda nossa solidariedade a vocês e reafirmamos o compromisso da instituição de acompanhá-los em todo o processo de reparação – afirmou Pacheco.

– A gente sente muito, enquanto instituição, o que ocorreu. Sabemos também o quanto isso os atinge, dói. Prestamos nossa solidariedade. Nosso compromisso é estar ao lado de vocês, enquanto o processo durar – destacou Lamego.

O filho de Letícia, ao se manifestar em nome da família, lembrou da mãe com carinho. Ele destacou a importância de haver justiça no caso.

– Quero agradecer a ajuda de vocês, o apoio. Minha mãe era uma mulher incrível, que ajudou muitas pessoas. Minha mãe era inocente e uma grande mulher de Deus – ressaltou.

Guilherme Pimentel destacou que a instituição está à disposição de toda a comunidade prejudicada com a operação no Complexo do Alemão. A Ouvidoria da DPRJ e demais entidades de Direitos Humanos estiveram no território e continuam atuando para apuração dos fatos.

– Estivemos atuando desde às 6h da manhã no dia da chacina, junto com as comissões de direitos humanos da Alerj e OAB-RJ. Fomos ao território acompanhado dos coletivos locais e, junto com a sociedade civil, temos cobrado controle efetivo das forças policiais, para que episódios como esses não se repitam – afirmou o ouvidor.

Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e Agência Brasil

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