Liminar suspende leilão do terreno do Planetário da Gávea

A observação de estrelas está garantida no Rio de Janeiro. A juíza da 75ª Vara do Trabalho, Cissa de Almeida Biasoli, suspendeu o leilão do terreno da Fundação Planetário, na Gávea, marcado para esta terça-feira (4), atendendo ao pedido da Procuradoria Geral do Município.

O leilão visava obter recursos para o pagamento de dívidas trabalhistas da Cehab, que seria a dona da área de 10 mil m² em que está o Planetário. Mas o que os leiloeiros não consideravam é que o Planetário da Gávea havia sido tombado pelo Estado há pouco mais de um ano.

Em sua decisão, a juíza destaca que "o Planetário é um equipamento público de absoluta importância cultural, educacional, turística e arquitetônica, inclusive sendo bem tombado".

Em agosto de 2017, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou a lei 7672 que declara como patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, localizada na Rua Vice-Governador Rúbens Berardo, nº 100.

Tombamento municipal

Ampliando a proteção ao Planetário, o prefeito Marcelo Crivella publicou outro decreto de tombamento no diário Oficial do dia 4 de dezembro, este em nível municipal. Além disso, incluiu a edificação do Museu do Universo na área tombada.

O decreto municipal estabelece a criação da "área de entorno de bem tombado", que inclui o lote em que está o Planetário da Gávea e o Museu do Universo, assim como a Praça Vice-Governador Rubens Berardo.

O Planetário da Gávea completou 48 anos em 19 de novembro. Nesse tempo, foram atendidas 152.285 pessoas. Na programação da instituição estão as observações do céu às quartas-feiras e sábados orientados por astrônomos do Planetário, as tradicionais sessões de cúpula e os projetos culturais realizados para todos os tipos de público e os cursos de Astronomia. Outras atrações são os eventos "Um Dia de Férias no Planetário", o "Festival Anos Luz" e o "Encontro da Juventude".