Grafiteiro Carlos Acme vence terceira edição da Copa Graffiti

A equipe Fiel de Fechar, capitaneada pelo grafiteiro Carlos Acme, foi a grande campeã da Copa Graffiti 2018 e conquistou o prêmio de R$ 20 mil, oferecidos pelo Metrô Rio. O time, composto por seis artistas, pintou um muro no entorno da estação Acari/Fazenda Botafogo. O mural prestou homenagens a Martin Luther King Jr e à adolescente Maria Eduarda Alves Ferreira, que morreu ao ser baleada dentro da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, em 2017.

“Nosso painel foi feito com muita dedicação. Trouxemos a memória do bairro e fizemos um paralelo com a história recente da região. Durante o tempo que passamos por lá, pudemos conhecer os moradores e perceber como a arte urbana fez diferença na vida deles”, comemora Carlos Acme, tricampeão do Festival.

A equipe vencedora foi escolhida tanto pelo júri técnico quanto pelo voto popular. O anúncio foi feito em uma festa de encerramento na ONG Rongo, em Engenheiro Rubens Paiva, que contou com várias atividades culturais, como apresentações de hip hop, djs e rappers.

Esta foi a terceira edição do festival, que teve 24 artistas divididos em quatro equipes disputando o prêmio. A curadoria foi do grafiteiro Airá Ocrespo. 

A concepção das pinturas foi feita em conjunto com os moradores das comunidades próximas às estações, celebrando a história de cada bairro e resgatando a autoestima dos moradores.

Demais equipes

Um sorteio realizado na abertura da competição, em setembro, definiu o local que seria pintado por cada equipe. Cada grupo teve 15 dias para concluir os grafites.

O Z.O. Team, liderado pelo grafiteiro e designer Criz Silva, trabalhou no entorno da estação Maracanã. O painel, bem colorido, conta a história do bairro, inspirado numa matrioska, a tradicional boneca russa.

No Engenho da Rainha, as cores e inspirações foram da equipe Pintanawá, liderada pelo artista de rua Mário Band’s. Ele ressalta a importância da cultura indígena.

Em Irajá, os painéis ficaram a cargo do Clube Regatas do Traço, que tem o grafiteiro Cazé como capitão. O muro, pintado em diferentes tons de azul, homenageia figuras tradicionais do bairro, como o vendedor de gelo João Carlos Miranda.