A votação do relatório sobre Escola sem Partido, na comissão especial da Câmara, foi adiado pela sétima vez, nesta quarta-feira (5). As discussões foram suspensas após o início da ordem do dia da Câmara. O presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), determinou a retomada da reunião tão logo o plenário da Casa finalize as atividades.
O debate sobre o projeto, mesmo ofuscado por temas regimentais, ocorreu com mais fluidez do que nas sete sessões anteriores. O deputado Alan Rick (DEM-AC), favorável ao Escola Sem Partido, defendeu que o texto é essencial para combater o suposto viés ideológico dos profissionais de ensino.
"Tem professor esquerdista dizendo "vou tirar esses alunos da amarra da religião porque sou ateu" e muitas outras situações", afirmou.
Já Alessandro Molon (PSB-RJ) questionou um dos pontos do projeto, que estabelece a fixação de cartazes nas escolas com os deveres e direitos dos professores.
"Esvaziar a autoridade de um professor colocando um aluno de nove, dez anos, como fiscal do professor? Que tipo de criança a gente vai estar formando nas escolas?", defendeu.
Bacelar (Podemos-BA), ao pedir votação nominal, afirmou: "Queremos saber quem são os deputados que querem criminalizar os professores, colocar uma cortina de fumaça sobre os verdadeiros problemas da educação brasileira, criando essa polêmica artificial".