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Polícia desarticula quadrilha que roubou mais de R$ 700 milhões de idosa, a mando da filha

Vítima de 82 anos, viúva de um dos maiores colecionadores de arte do Brasil, transferiu dinheiro para falsas videntes

Por Portal Eu, Rio! em 10/08/2022 às 09:04:54

Policiais civis deflagram uma operação para desarticular uma quadrilha acusada de subtrair mais de R$ 720 milhões de uma idosa. Foto: Reprodução

Policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI) deflagram, na manhã desta quarta-feira (10/08), uma operação para desarticular uma quadrilha acusada de subtrair mais de R$ 720 milhões de uma idosa, de 82 anos, entre obras de arte de artistas renomados, joias e transferências bancárias. Ao todo, os agentes tem o objetivo de cumprir seis mandados de prisão, além de decisões judiciais de busca e apreensão e bloqueio de bens. A Operação Sol Poente levou este nome em referência a um dos quadros roubados da idosa, uma pintura de Tarsila do Amaral cotada em R$ 250 milhões.

Sol Poente, de Tarsila do Amaral, é uma das obras roubadas e tem o valor estimado em R$ 250 milhões

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o golpe tramado pela própria filha contra a mãe de 82 anos, viúva de um dos maiores colecionadores de arte do Brasil.

De acordo com as investigações, a empreitada criminosa foi articulada pela filha da vítima. O golpe começou a ser aplicado em janeiro de 2020, quando a idosa, que é viúva de um grande colecionador de arte e marchand, saía de uma agência bancária, em Copacabana. Naquela ocasião, ela foi abordada por uma mulher que se intitulava vidente e disse que sua filha estaria doente e que morreria em breve.

Por ter um lado místico e uma filha que enfrenta problemas psicológicos desde a adolescência, a idosa foi convencida, inclusive pela filha, a realizar os pagamentos solicitados para o tratamento espiritual proposto. Entre os dias 22 de janeiro e 5 de fevereiro de 2020, foram realizadas oito transferências bancárias que ultrapassavam R$ 5 milhões.

Alguns dias após o início do falso tratamento, a filha começou a isolar a mãe das pessoas de convívio regular, além de dispensar funcionários que prestavam serviços domésticos. Foi então que a vítima desconfiou e suspendeu o pagamento de valores. A partir daí, passou a ser agredida e ameaçada. As únicas visitas à residência eram feitas por comparsas, que passaram também a ameaçar a idosa, que voltou a realizar as transferências.

Além de dinheiro em espécie e joias, mais de R$ 700 milhões foram roubados em quadros de artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Ao todo, foram 16 obras. Três delas, avaliadas em mais de R$ 300 milhões, foram recuperadas em uma galeria de arte de São Paulo. O proprietário do estabelecimento confirmou que vendeu outras duas para o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. Ele não desconfiou por conhecer a família e pelos quadros terem sido entregues a ele pela própria filha da idosa.




Por Portal Eu, Rio!

Fonte: PCERJ e Radioagência Nacional

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