Uma mulher morreu e dois policiais ficaram feridos em diferentes incidentes durante o dia de protesto que a Bolívia viveu ontem por grupos pedindo a desistência da candidatura do presidente do país, Evo Morales.
Suleydi Estívariz, de 56 anos, morreu ao ser empurrada durante uma briga entre manifestantes e a tropa de choque da polícia local.
“Infelizmente, eles a atacam, teria havido um empurrão, a pessoa cai, bate a cabeça.” Disse o Ministro do Interior, Carlos Romero.
O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira, quando os "grupos de choque" de Riberalta, responsáveis ??pelos movimentos cívicos, estabeleceram circuitos de vigilância para empresas e entidades públicas para cumprir uma greve cívica nacional, acrescentou.
Em sua conta no Twitter, o presidente Evo Morales repudiou as agressões contra as forças de segurança, lamentou a morte da mulher e expressou suas condolências "à sua família e ao povo da Ribeira.
Alguns dos episódios mais tensos ocorreram no final da tarde em La Paz, a capital administrativa do país, entre os manifestantes e a polícia nas portas do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia.
Manifestantes, exigindo a desqualificação da candidatura de Morales, lançaram pedras, paus e tinta na fachada do prédio. Dois policiais ficaram feridos, de acordo com um relatório da polícia.
"Eu tenho dois feridos que apresentaram contusões em seus rostos", disse Eduardo Riverra, comandante da Polícia Boliviana em La Paz.
O confronto dos manifestantes com a polícia ocorreu horas após a chegada, após cinco dias de viagem, de duas marchas de protesto que partiram para La Paz no último fim de semana em diferentes partes do país.
"Não estamos com medo" ou "junte-se ao seu povo" ecoavam pela multidão que dirigiu às forças de segurança, enquanto o lançamento de objetos não cessou.
Ao apagar das luzes, o Supremo Tribunal Eleitoral, aprovou a chance do 4º mandato de Morales. Seis ministros votaram a favor, dois votaram contra.