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Operação Dinastia prende Geovane da Silva Mota, o GG, e mais sete da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho

Quinze mandados de prisão seguem em aberto, do bando investigado por assassinatos de rivais ligados a Tandera

Por Portal Eu, Rio! em 26/08/2022 às 06:52:17

Operação Dinastia mobilizou 120 homens da Polícia Federal e diligências para prisões e apreensões foram concentradas na Zona Oeste, reduto da milícia de Zinho. Foto: Ascom PF

Oito pessoas foram presas e foram apreendidos fuzis, pistolas, 100 mil reais e anotações de pagamentos a agentes públicos, de acordo com o balanço preliminar da Operação Dinastia. Deflagrada quinta pela manhã contra a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, maior grupo paramilitar atuante na Baixada Fluminense e na Zona Oeste, a operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro visava cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pela Primeira Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O bando está sendo investigado por extorsão a comerciantes e assassinatos de rivais, como o ex-deputado Jerominho Guimarães, fundador da Liga da Justiça. Pelos dados do próprio relatório do MPRJ, 15 milicianos se tornaram foragidos da Justiça, com mandados de prisão em aberto. Foi descoberto que essa milícia contava com criminosos destacados exclusivamente para fazer o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que deveriam ser executados.

Os presos são:

1. GEOVANE DA SILVA MOTA, vulgo GG

2. LUIS FILLIPE DOS SANTOS MAIA, vulgo PADIM

3. RODRIGO DOS SANTOS, vulgo LATRELL

4. VANDERLEI PROENÇA DE SOUZA, vulgo AZEITONA

5. ALEXANDRE SILVA DE ALMEIDA, vulgo SOLINHA

6. VITOR EDUARDO CORDEIRO DUARTE, vulgos PARDAL / TABINHA

7. ANDRE COSTA BASTOS, vulgo BOTO

8. DOUGLAS DE MEDEIROS ALVES ROSA, vulgo BOTO

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), e o Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/FACÇÕES), da Coordenadoria Geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da Polícia Federal buscou cumprir, na manhã de quinta-feira (25/08), mandados de prisão e de busca e apreensão contra milicianos integrantes da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como “Zinho”, que atuam na zona oeste da Capital e na Baixada Fluminense. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do TJRJ. Entre as oito pessoas presas no início da manhã, está Geovane da Silva Mota, vulgo GG, integrante do primeiro escalão da organização criminosa, que detido em Gramado, no Rio Grande do Sul.

As investigações revelaram um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), comércio ilegal de armas de fogo, corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança, além de diversos homicídios, que são incessantemente planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais, que integram a milícia comandada por Danilo Dias, conhecido como “Tandera”.

Os elementos de prova arrecadados até o momento evidenciam uma matança generalizada que é fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas. A investigação ainda revelou que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser “abatidos”.

A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço que ousam empreender nas áreas que são por ele subjugadas, independentemente da capacidade financeira dos empreendedores. Até as informais barraquinhas de rua, que vendem lanches, são achacadas pelos criminosos.

A Operação, fruto do trabalho conjunto do GAECO com a Polícia Federal, ainda visa identificar outros integrantes da organização criminosa, que é considerada a maior milícia em atividade do Estado do Rio de Janeiro.



Fonte: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e Polícia Federal

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