A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) faz operação nesta terça-feira (18) em três Estados, incluindo o Rio de Janeiro, para prender 54 PMs suspeitos de corrupção.
O trabalho investigativo iniciado pela Corregedoria apurou o envolvimento de policiais militares do 22º Batalhão da PM (Jardim Marajoara) com atividades ilícitas (cujas provas foram compartilhadas com o Gaeco), tendo sido verificados os crimes de corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, integrar organização criminosa, além de outros ilícitos penais militares e comuns. Há suspeitas de envolvimento com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo.
Ao todo, estão sendo cumpridos hoje 86 mandados de busca e apreensão (70 expedidos pela Justiça Militar e 16 expedidos pela Justiça Comum) e 59 mandados de prisão. Dentre os alvos das prisões, 54 são policiais militares do 22º BPM que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça Militar e cinco civis, integrantes da organização criminosa que opera na área e tiveram suas prisões temporárias decretadas pela Justiça Comum (DIPO).
Até o momento foram contabilizados três presos civis, 29 policiais militares presos, arma, munição, droga e dinheiro. A operação teve início em fevereiro, contando com provas decorrentes de mais de 82 mil ligações telefônicas interceptadas, bem como outras, documentais e materiais.
As diligências estão sendo feitas em 19 municípios de SP, RJ e MG. A operação foi batizada de Ubirajara, nome dado por ter sido iniciada no bairro do mesmo nome, na Zona Sul paulistana.
Estão sendo empregados 450 policiais militares, dos quais, 280 PMs corregedores, 170 PMs do Choque, bem como promotores de Justiça do Gaeco.
O Inquérito Policial Militar está em segredo de justiça.