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Novos horizontes

Faetec Favo de Mel abre estágio para alunos com deficiência intelectual

Disponível pela primeira vez em sete anos, treinamento abrange serviços de jardinagem, manutenção e cozinha


Serviços de Refeição se destacam entre as oportunidades de qualificação para pessoas com deficiência intelectual na Faetec Favo de Mel. Foto: Luís Alvarenga Ascom Governo RJ
Visando a inserção de jovens com deficiência intelectual no mercado de trabalho e para estimular a inclusão social, o Governo do Estado do Rio, por meio do Centro de Apoio Especializado à Educação Profissional – Favo de Mel, iniciou neste mês de outubro um projeto de estágio supervisionado nas áreas de jardinagem, serviço de refeição e manutenção. A unidade educacional, que pertence à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), não abria vagas para este tipo de treinamento desde 2015.

Para atuar nas funções de auxiliar de cozinha, auxiliar de escritório e serviços gerais, cinco alunos passaram por cursos de qualificação profissional na própria Favo de Mel. Com previsão de seis meses de duração, o estágio tem a carga diária de 4h e remunera os participantes com uma bolsa-auxílio no valor de R$ 500.

O governador Cláudio Castro reforçou a importância de ações que ajudam a fazer do Rio de Janeiro um estado inclusivo.

- A capacitação de pessoas com deficiência, especialmente para atuarem no mercado de trabalho, é muito importante para a inclusão social. Sempre valorizei e incentivei iniciativas deste tipo e fico cada vez mais orgulhoso com a ampliação do horizonte dos jovens - disse o governador Cláudio Castro.

Juliana Figueiredo, de 24 anos, foi premiada com uma das vagas do estágio supervisionado. Funcionária do serviço de refeição, ela quer aproveitar a chance para aprimorar as técnicas na cozinha e, futuramente, buscar oportunidades no mercado de trabalho.

- Comecei agora no dia 3 de outubro e estou gostando bastante de fazer o estágio. Muita coisa mudou na prática, principalmente a forma como preparo a comida. Comecei a cozinhar com minha avó e agora cozinho para muitos alunos. Me ensinaram bastante coisa. Com a ajuda dos supervisores me sinto capacitada para entrar no mercado de trabalho, só está me faltando coragem ainda - brincou.

Quem também não consegue conter a empolgação com a nova oportunidade é o estudante Leonardo dos Santos da Costa, de 28 anos. Há oito anos na Faetec, o aluno do curso de jardinagem exaltou a importância dos supervisores e disse o que pretende fazer com seu primeiro salário.

- Fazer as tarefas com os tios aqui na Favo de Mel é uma felicidade enorme. O estágio está sendo muito importante pra mim, pois além de dar a oportunidade de fazer o que gosto, que é mexer com a natureza, vou receber um dinheiro importante. Com meu primeiro salário já quero ajeitar meu quarto, pintar ele todo e comprar umas telhas maneiras - contou.

Há 11 anos ajudando na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, a professora de educação especial Ana Paula, de 49 anos, falou sobre como o projeto pode alavancar a carreira desses alunos.

- Aqui os jovens fazem cursos profissionalizantes e nosso trabalho é fazer parcerias para que eles estagiem ou trabalhem em outros lugares, fora da Faetec. Fazemos todo o acompanhamento do aluno, com a metodologia do emprego apoiado. Nosso maior incentivador é o Governo do Estado. Estamos preparando todos para ganharem o mercado de trabalho, independente das suas limitações – explicou.

O estágio supervisionado da Favo de Mel começou no dia 3 de outubro e está sendo realizado no Complexo da Rede Faetec, em Quintino, Zona Norte do Rio. O local existe há 26 anos e, desde 2009, oferece educação profissional para pessoas acima de 18 anos com déficit intelectual. Até o ano passado, 131 jovens foram treinados nos cursos de qualificação profissional em auxiliar de cozinha, auxiliar de jardinagem, contínuo e cumim.

Em 2022, estão em andamento os cursos de Auxiliar Administrativo e de Auxiliar de Serviços Gerais, que tem Cecília dos Santos Batalha, de 37 anos, entre os seus estagiários.

- Eu amo fazer estágio, estou me sentindo muito melhor. Estar aqui trabalhando mudou a minha vida. Eu chego na escola, já coloco meu jaleco para fazer o que mais gosto, trabalhar fazendo limpeza para as pessoas. Ajudar é o que me deixa mais feliz – declarou Cecília.

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