– Essa primeira demolição simboliza o início do resgate do orgulho suburbano no bairro de Piedade. Uma região que, desde os anos 50, funcionava com universidade e chegou a possuir 30 mil alunos. Esse abandono de uma área privada virou um problema público, e o prefeito Eduardo Paes mostrou interesse em resgatar esse espaço. O começo desse processo de construção com a demolição não só efetiva uma mudança no campo real, mas também no campo simbólico. Qualquer carioca que não tenha sido aluno da faculdade tem um familiar ou conhecido que teve uma história na Universidade Gama Filho. Eu mesmo não fui aluno, mas já disputei torneios esportivos nesse complexo – destacou o subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.
Paralelamente ao início da demolição, o projeto do Parque Piedade está sendo elaborado por uma empresa contratada pela Secretaria de Infraestrutura. A previsão é que ele seja entregue na segunda quinzena de dezembro e as obras tenham início no segundo semestre de 2023.
O projeto prevê áreas de lazer e um centro cultural, esportivo e educacional em parceria com a Fecomércio RJ. O Parque também terá horta urbana, espaço para feiras e eventos, parcão, academia, pista de skate, campo de futebol, parque infantil, entre outros atrativos para os moradores e frequentadores.
– O parque que a Prefeitura vai construir aqui segue muito os moldes do Parque Madureira, que também ajudou muito a revitalizar totalmente uma região abandonada à época aqui também na Zona Norte. Mas o Parque Piedade irá além. Também vai manter a vocação educacional e histórica do local, firmando, em breve, uma parceria com a Fecomércio. Vamos ter atividades esportivas, educacionais e culturais no antigo complexo – completou Diego Vaz.
O entorno será revitalizado por meio de reurbanização das vias com melhoria de pavimentação, sinalização, iluminação, paisagismo, rampa de acessibilidade na estação de Piedade pela Rua Goiás e ciclovia na Rua Manoel Vitorino. A Rua da Capela, onde está localizada a Capela Nossa Senhora da Piedade, tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) em 1996 por sua importância arquitetônica, histórica e cultural, também será contemplada com melhorias de urbanização.