Inaugurando a agenda do mês da Consciência Negra, a 30 dias do Dia de Zumbi dos Palmares, a Escola de Patrimônio Imaterial do Rio, patrocinada pela Petrobras, honra os ancestrais fortalecendo uma pauta de valorização das nossas raízes. E hoje (20) promove a festa Fuzuê D'Aruanda, das 20h à meia-noite, de graça, no Viaduto de Madureira.
Criada pela Cia de Aruanda em pleno pátio do Viaduto Negrão de Lima, conhecido como referência no baile charme, o Fuzuê acontece toda terceira quinta-feira do mês. Só parou na pandemia. Jongo, afoxé, ciranda, coco e outras danças populares animam a noite com acompanhamento de percussionistas e 10 bailarinos.
A Cia de Aruanda foi fundada, há 15 anos, por quatro amigos do Morro da Serrinha, representantes do jongo, e uma atriz nascida em Oswaldo Cruz, terra do samba de raiz. Unido, o quinteto integrado por Ana Cê, Robson Soares, Rodrigo Nunes, Leco Lisboa e Dario Firmino, entrega arte à sociedade.
“A cultura popular e diaspórica do Brasil converge para o Fuzuê. Além de valorizarmos parceiros de grupos do Rio de Janeiro, também recebemos artistas de todo o Brasil. Estar na rua é fundamental. Às vezes, a gente se distancia da nossa essência. Sobretudo, estamos no centro de Madureira, ali temos acesso a todos os núcleos do bairro, podendo fazer a difusão da cultura popular preta e pobre da favela”, afirma a artista Ana Cê.