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Inspeção em presídio encontra dólares e euros na cela do governador Pezão

Forças de segurança realizam nova operação em Niterói com Polícia Militar

Por Cláudio Rangel e Mario Hugo Monken em 21/12/2018 às 13:45:41

Uma inspeção da Corregedoria Interna da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro na Unidade Prisional da Corporação (UP PMERJ), em Niterói, na manhã desta sexta-feira (21) encontrou 70 euros, 36 dólares, 6.000 pesos colombianos e 25 yinhang (moeda da China)na cela do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que está preso desde o último dia 2, suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em nota, a PM informou que durante a vistoria foram encontradosaindatambém na unidade sete aparelhos celulares que estavam enterrados na horta, além de pequenos objetos proibidos, como uma pequena tesoura, seringas descartáveis e caixas de medicamentos.

O material apreendido será analisado por peritos da Corregedoria Interna da PM e os responsáveis pela posse de objetos não permitidos serão ouvidos e sofrerão punições disciplinares previstas na legislação penal e no regulamento interno da unidade prisional.

A inspeção contou com o emprego de 160 militares das Forças Armada e 100 policiais militares, da Corregedoria Interna e de unidades operacionais.

A participação do Comando Conjunto na inspeção desta sexta-feira foi solicitada pelo Comando Geral da Polícia Militar.

Segundo informa o coronel Frederico Cinelli, Porta-Voz do Comando Conjunto das Operações da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, o responsável pelo vazamento de informações relativas à operação de ontem foi preso em flagrante.

Ao contrário da operação do dia 20 de dezembro, Cinelli diz que as ações anteriores realizadas durante o período da Intervenção foram mais cuidadosas. Ele explica que para evitar vazamentos de informações é preciso restringir a informação a um número reduzido de pessoas:

"A principal medida é dar conhecimento apenas a quem, de fato, tem "necessidade de conhecer". A "necessidade de conhecer", um conceito internacionalmente empregado pelos serviços de inteligência (em inglês, "need to know"), diz respeito à compartimentação das informações (o oposto, portanto, de compartilhamento), restringindo-as às pessoas imprescindíveis àquela operação. Isso significa, inclusive, que haverá situações em que determinadas autoridades ou agentes em nível de direção poderão não tomar conhecimento de alguma operação ou atividade, em nome da segurança da informação e da própria operação", disse.

O coronel explica ainda que a restrição de informações aumenta a proteção dos envolvidos na operação contra o risco de vazamentos intencionais. O responsável pelo vazamento é facilmente identificado.

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