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O que é o ESG e como ele afeta as empresas brasileiras?

Conjunto de práticas sustentáveis guia as organizações na sua jornada empresarial, garantindo continuidade nos negócios e resultados positivos

Por Portal Eu, Rio! em 11/11/2022 às 12:33:34

Foto: Divulgação

Embora o mercado venha discutindo o tema sustentabilidade há 30 anos, o termo ESG, que representa este conceito, entrou de vez no vocabulário da alta liderança das empresas nos últimos anos. Um levantamento no Google Trends revela que, após flutuar mais de uma década, a busca pelo assunto cresceu mais de 1200% no Brasil só nos últimos dois anos. Outra pesquisa recente da Aberje mostrou que 95% das empresas brasileiras têm ESG como prioridade em suas agendas. E um levantamento do IBM Institute for Business Value (IBV) mostrou que o assunto está sendo tratado como prioridade máxima por 48% dos CEOs brasileiros, o que representa um aumento de 65% em relação ao ano anterior.

Mas, afinal, por que o interesse pelo tema cresceu exponencialmente em tão pouco tempo?

A sigla ESG, em inglês, refere-se às palavras Environmental, Social and Governance, que traduzindo significa “Ambiental, Social e Governança”. Ou seja, é um conjunto de práticas sustentáveis que guiam as organizações na sua jornada empresarial, garantindo continuidade nos negócios e resultados positivos.

A novidade vem no entendimento que estes pilares determinam uma melhor reputação e uma percepção positiva da empresa junto às partes interessadas, combinando o atendimento equilibrado dos três pilares: Meio Ambiente, Aspectos Sociais e Governança. “Atualmente, o mercado trabalha e valoriza esses fatores, e as empresas que o praticam são mais bem vistas, não só no aspecto ambiental, mas no sentido mais amplo da palavra sustentável, pois considera também as esferas sociais e de governança”, explica Ivo Neves, especialista em ESG e Diretor da SG4, empresa de consultoria, auditoria, treinamentos e gestão ocupacional.


Ivo Neves. Foto: Divulgação

Segundo Ivo, sustentabilidade é, portanto, um tema importante e fundamental pnnara qualquer negócio. “Quando desenvolvida de forma estruturada, visando o longo prazo, esta jornada possibilita o crescimento e sustentação das organizações; ou seja, desta maneira, tanto o investidor quanto as demais partes interessadas da organização se beneficiam”, afirma.

Para implementar ESG, é necessário estudar estrategicamente os três pilares: Ambiental, Social e Governança, conduzindo um diagnóstico profundo das práticas atuais. O especialista recomenda que cada profissional interessado em trabalhar com o tema, estude, no mínimo, as bases de cada pilar, para que seja possível progredir no conhecimento nas três esferas.

De acordo com especialista , no aspecto ambiental (Environmental), a empresa deve ter um processo de cuidado com os recursos naturais, atender legislação com profundidade e ter um sistema de gestão ambiental preciso e organizado. Já o Pilar S (Social) é muito abrangente e essencial para que o ESG seja implementado de fato.

“Algumas das premissas que devem ser trabalhadas neste pilar incluem ações como gestão de pessoas, saúde e segurança, treinamentos e desenvolvimento de líderes, respeito à diversidade e ações de voluntariado”, comenta o profissional.

Para finalizar o conceito, o pilar governança exige que a empresa governe bem suas rotinas, “pois aquelas que que não tem ritos e procedimentos bem estabelecidos está sujeita a ruir com o tempo, mesmo que seus aspectos ambientais e sociais sejam muito bem estabelecidos”, pontua o especialista, completa Ivo.

Infelizmente, muitas empresas tratam de forma superficial a temática meio ambiente, nada de social e pouquíssimo de governança. Como visto, o ESG envolve muitas interfaces e grandes estruturas.

Em todas os processos de consultoria que a SG4 fornece, Ivo Neves sempre reforça “Para que uma empresa implemente ESG de forma válida e eficaz, além de ter consistência equilibrada em todos os fatores em que se desdobram estas três temáticas, deve estar disposta a seguir e melhorar de forma contínua”.

A recomendação vale não apenas para empresas privadas; as instituições governamentais e órgãos públicos devem seguir a mesma ideias, implementando práticas de gestão mais profissionais e voltadas ao tema.

Por fim, o mercado de trabalho tem demandado profissionais aptos para trabalhar como consultores em ESG, internos ou prestadores de serviços. Por isso, muitas empresas têm utilizado canais de comunicação na internet para disseminar conhecimento e desmistificar o que é o ESG e como levá-lo da teoria à prática.



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