Supremo analisa soltura do ex-governador Sergio Cabral, condenado a 420 anos
Em prisão preventiva há seis anos pela Operação Lava Jato, ex-governador tem dois dos três votos necessários para a liberação
Ao longo dos seis anos de prisão preventiva, Sergio Cabral foi transferido mais de uma vez, por conta de denúncias de regalias em presídios estaduais. Foto: Agência Brasil
A segunda turma do Supremo Tribunal Federal deve concluir nos próximos dias o julgamento que pode derrubar a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, detido desde 2016 pela Operação Lava Jato. O placar no plenário virtual da Segunda Turma do STF está 2 a 1 a favor de Cabral. Ainda faltam votar os ministros Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques.
O julgamento estava paralisado desde outubro após pedido de vista do ministro André Mendonça mas foi retomado na última sexta-feira. Mendonça votou contra a manutenção da prisão que, segundo ele, “não é razoável”. Antes do pedido de vista, em junho, o ministro Edson Fachin votou a favor da manutenção da prisão, e, em outubro, o ministro Ricardo Lewandowski opinou pelo fim. Os votos restantes devem ser feitos até esta sexta-feira, dia 16, mas, se houver novo pedido de vista, a análise será suspensa mais uma vez.
Sérgio Cabral foi governador do Rio de Janeiro por dois mandatos, entre janeiro de 2007 e março de 2014. Alvo de diversas denúncias de corrupção, o ex-governador já foi condenado em 23 ações na Justiça Federal, com penas que ultrapassam 420 anos de prisão.
Ouça no podcast da Rádio Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o recurso da defesa do ex-governador Sérgio Cabral para que aguarde em liberdade o julgamento definitivo das ações contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro.
Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional