A juíza Telmira de Barros Mondego, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio, determinou nesta terça-feira (20) a expedição do alvará de soltura em favor do contraventor Rogério Costa de Andrade e Silva. A juíza cumpriu a decisão proferida pelo ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que no dia 16 havia concedido a liminar para substituir a custódia cautelar por medidas cautelares diversas da prisão preventiva.
Rogério Andrade terá que cumprir as seguintes medidas cautelares: comparecimento periódico em juízo; proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato; proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; monitoramento por tornozeleira eletrônica.
“Dito isso, para dar fiel cumprimento à r. decisão proferida pelo E. STJ, expeça-se alvará de soltura em favor de ROGÉRIO COSTA DE ANDRADE E SILVA, devendo o cartório adotar todas as providências de cautela - incluindo recolhimento do mandado de prisão e baixa no BNMP. Deverá ser observada a aplicação das medidas cautelares previstas no artigo 319 do CPP, mencionadas especificamente na r. decisão, quais sejam: as elencadas no incisos I, III, IV, V e IX, do Código de Processo Penal.”
A prisão
Rogério Andrade foi preso no dia 4 de agosto por decisão da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do TJRJ. De acordo com a decisão, o pedido de prisão do contraventor foi formulado pelo Ministério Público após a diligência encontrar documentos que comprovariam que Rogério continua atuando como líder de organização criminosa. A decisão cita investigações que indicam que uma pessoa ligada a Rogério pagava propina para policiais de delegacias especializadas.
Segundo a denúncia do MPRJ, que embasou a Operação Calígula, do MP, no meio deste ano, Rogério Andrade expandia seus negócios de exploração de jogos de azar em vasta área geográfica, mediante a imposição de domínio territorial com violência, além da prática reiterada e sistêmica dos crimes de corrupção ativa, homicídio, lavagem de dinheiro, extorsão e ameaça, dentre outros.
Outro alvo da Operação Calígula, o delegado Marcos Cipriano foi transferido ontem, segunda-feira (19), para um presídio de segurança máxima no Complexo de Gericinó, em Bangu. A transferência foi determinada depois que Cipriano foi flagrado usando o celular para falar com a mulher, a também delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto.
Fonte: MPRJ