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Falha pode causar acidentes

Revisão periódica garante uma viagem de moto tranquila nas férias

Profissional lista os itens essenciais que devem ser inspecionados


Foto: Arquivo Honda

Por ser um veículo ágil, rápido e de baixo custo comparado ao carro, a motocicleta virou a opção de milhares de pessoas para encarar o trânsito intenso e, sobretudo, as constantes variações nos preços dos combustíveis.

Para se ter uma ideia, na última década o volume de habilitação na categoria A aumentou 51%. Até 2021, já eram 35,2 milhões de pessoas aptas a pilotar motos, segundo dados da Abraciclo, associação que reúne as fabricantes do segmento.

No entanto, ao rodar somente sobre duas rodas e sem a proteção de um para-choque, o condutor está mais suscetível a riscos de acidentes que o motorista de automóvel. Assim, uma simples falha em qualquer um de seus sistemas ou componentes pode ocasionar queda ou colisão com consequências graves.

Por isso, a revisão periódica torna-se uma grande aliada do motociclista para evitar imprevistos, como também prejuízos de consertos inesperados. Adotada como rotina, ela proporciona trajetos mais seguros e tranquilos. Principalmente nessa época do ano, em que muitos pegam a estrada de moto para curtir as festas de fim de ano e as férias.

“A revisão está ligada diretamente à segurança do piloto. Serve para proteger a parte mecânica e os componentes do veículo. E o mais importante: garantir a segurança do condutor, evitando acidentes”, ressalta Cleverson Bastos, supervisor de Pós-Venda da Honda Blokton, maior rede de concessionárias de motos do Paraná.

Principais itens verificados na revisão

A revisão preventiva passa a ser um atestado de que o veículo está sempre em boas condições de uso. O serviço inspeciona itens essenciais para o perfeito funcionamento da moto. Entre as verificações mais importantes estão a do óleo do motor, do líquido de arrefecimento, da corrente, do fluido de freio e dos pneus.

De acordo com dados da Abraciclo, a ausência da manutenção regular é responsável por 8% do total de acidentes registrados com motos no Brasil. Desse volume, 11% estão relacionados aos pneus e 7%, aos freios.

Óleo lubrificante do motor

O óleo é formado a base de aditivos, que com o passar do tempo vão perdendo suas propriedades, podendo prejudicar o desempenho do motor ou até mesmo danificá-lo. “A troca periódica do lubrificante garante uma durabilidade maior a este componente da motocicleta”, observa o supervisor da Blokton. Geralmente, a substituição do óleo é feita a cada seis meses, contudo, é necessário verificar o que pede o manual do proprietário de cada modelo.

Líquido de arrefecimento

O mesmo raciocínio serve para o líquido de arrefecimento, que mantém controlada a temperatura do propulsor. De acordo com Bastos, não obedecer o intervalo de troca ou não acompanhar o nível correto, completando quando necessário, pode proporcionar superaquecimento e danificar o motor.

É indispensável consultar o que diz o manual do proprietário quanto ao tempo de troca, pois cada modelo pode ter a sua especificidade. Em média, a previsão é indicada a cada dois anos ou 30 mil quilômetros rodados.

Fluido de freio

Conferir e respeitar a janela de uso do fluido de freio, seja por tempo ou quilometragem, é de extrema importância. Caso a solução esteja fora do prazo de substituição – que é de aproximadamente dois anos – poderá estar contaminado por água, o que diminui a temperatura máxima de trabalho. Se a temperatura exceder numa viagem em rodovia, por exemplo, pode resultar em falhas no freio e gerar um acidente.

Corrente

A lubrificação da corrente é uma importante condição para o bom funcionamento da moto, especialmente na estrada. Caso esteja seca, “além de acelerar o desgaste da peça, há o risco de quebra ou rompimento, podendo enroscar na roda e causar um acidente grave”, destaca Cleverson Bastos. A tensão da corrente também deve estar ajustada corretamente – nem frouxa, nem esticada. Em uma viagem, é importante verificar esse item a cada parada.

Pneus

Na lateral dos pneus está registrada a data de fabricação do componente. Se já estiver com cinco anos completos, a recomendação é que seja feita a substituição. “Se não estiver em bom estado, além de gerar multas de acordo com o Código de Trânsito, pode colocar a segurança do condutor em risco, acarretando acidentes”, enfatiza o profissional da Blokton.

O especialista ainda alerta que a troca do pneu deve ocorrer em média entre 10 mil a 12 mil km, dependendo do cuidado do dono com a calibragem, do tipo de terreno de uso do veículo e se anda com peso ou engarupado.

“Se a pessoa roda muito pouco com a moto, apenas em passeios ou nos finais de semana, o pneu pode ser trocado em até cinco anos. Após esse prazo, ele começa a apresentar rachaduras e ressecamento”, esclarece.


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