O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reeleito em primeiro turno com 58,67% dos votos válidos, tomou posse na manhã de hoje (1º) no plenário do Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), ao lado do vice-governador Thiago Pampolha.
Os dois foram recebidos na escadaria do palácio pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, que conduziu a cerimônia, iniciada por volta de 9h40. Cláudio Castro leu o compromisso constitucional às 9h58 e, em seguida, assinou o termo solene de posse, lido por Ceciliano. Em seguida, Pampolha fez o mesmo rito.
No discurso de posse, que durou cerca de meia hora, Castro disse que vai assumir como “prioridade absoluta” do governo o combate à violência contra a mulher e ao feminicídio. Castro classificou de “bárbaro” o crime de feminicídio, que atinge “mulheres e destrói famílias”.
“Nossa atenção para essa realidade motiva a criação da Secretaria da Mulher, que vai atuar de forma transversal com outras pastas e órgãos do estado. As mulheres precisam e merecem ser cuidadas, protegidas, respeitadas e ter a garantia de direitos e oportunidades iguais na sociedade.”
Castro citou ações já implementadas nessa área, como o aplicativo Rede Mulher, que permite o acionamento eletrônico do 190, os núcleos de atendimento aos familiares das vítimas do feminicídio, a Patrulha Maria da Penha, o programa Empoderadas, a Casa Abrigo Lar da Mulher e o Ônibus Lilás. A secretária Especial de Mulheres será Heloísa Aguiar.
Castro fez um balanço de sua gestão, destacando as dificuldades enfrentadas para reaquecer a economia do estado, em meio à pandemia de covid-19, e renegociando o Regime de Recuperação Fiscal com a União, iniciado em 2017 e que suspendeu por três anos as dívidas federais do Rio de Janeiro.
No início da cerimônia, André Ceciliano falou sobre sua atuação na Alerj em meio à crise econômica enfrenada pelo estado desde 2017, que, segundo ele, foi superada com a ajuda dos deputados, “sem retirar direitos dos servidores”. “Um novo ciclo se inicia, no qual será necessário reduzir a dependência do petróleo e diversificar as fontes de arrecadação”, disse Ceciliano, que se candidatou ao Senado, mas não foi eleito.
O deputado disse que pretende trabalhar, em Brasília, criando pontes com o governo federal para retomar obras paradas no estado, como o Arco Metropolitano e o polo petroquímico, além da reabertura de 1.500 leitos fechados em hospitais federais.
Fonte: Agência Brasil