A Prefeitura do Rio reinaugurou três unidades de saúde que passaram por reformas para dar mais qualidade ao serviço prestado e oferecer mais conforto à população, além de proporcionar melhores condições de trabalho aos profissionais de saúde. A UPA Engenho de Dentro passou pela maior intervenção estrutural desde a sua abertura, em 2010. Em Bangu e Senador Camará, os centros de atenção psicossocial (CAPS) Lima Barreto e Neusa Santos Souza, que juntos têm mais de 1,7 mil usuários cadastrados, receberam melhorias e ampliação das instalações. As três unidades foram reformadas sem que o atendimento à população fosse interrompido.
– A reinauguração da UPA é muito importante porque simboliza a retomada do cuidado com as emergências na cidade do Rio. Nestes dois anos de gestão já foram reformadas quase 200 unidades de saúde. Ainda faltam 86 para serem reformadas até o fim dessa gestão. Com relações aos CAPS, eles são estruturas muito importantes, principalmente nesse pós-pandemia, em que as doenças relacionadas à saúde mental aumentaram muito. Essa é uma preocupação grande nossa – afirmou o secretário de Saúde, Daniel Soranz.
Na UPA Engenho de Dentro, houve troca completa do telhado e dos pisos, pintura, instalação de novos aparelhos de ar condicionado, troca de mobiliário e equipamentos, revitalização da fachada e nova sinalização. A unidade, que fica na Rua Bernardo, s/nº, realiza, em média, 8,7 mil atendimentos por mês. Para isso, conta com um quadro de 267 profissionais e uma infraestrutura que inclui seis consultórios médicos (quatro de clínica médica e dois de pediatria); um de odontologia; dois de classificação de risco; e 19 leitos. A unidade tem capacidade para realizar exames laboratoriais, de raio-x e eletrocardiograma.
– Esse é um equipamento importante para a região do Engenho de Dentro, Complexo do Lins e outras comunidades. E também para ajudar a desafogar o atendimento no Hospital Salgado Filho. A Prefeitura está cumprindo o papel de reformar os equipamentos de saúde e entregar de uma forma eficiente e eficaz para a população – disse o subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.
Usuária da UPA do Engenho de Dentro, a maquiadora Beatriz Oliveira, de 31 anos, comemorou a reforma da unidade.
– Eu venho nessa UPA há muito tempo e hoje foi uma surpresa vê-la totalmente reformada. Toda vez que eu venho com as minhas duas filhas, sou bem atendida. É uma unidade com atendimento rápido, com farmácia, pois nem sempre temos dinheiro para comprar remédios.
O CAPS Lima Barreto ganhou novas instalações e classificação, mudando de tipo II para III, o que significa que passará a ter funcionamento 24 horas, sete dias por semana, incluindo acolhimento noturno para usuários em situação de crise, conforme avaliação da equipe. A unidade, que atende pacientes das regiões de Bangu e Padre Miguel e tem 1.124 usuários cadastrados, passa a ocupar novas instalações anexas à Policlínica Manoel Guilherme da Silveira, na Avenida Ribeiro Dantas, 571, em Bangu. Num espaço mais amplo e com melhor estrutura, o CAPS conta agora com nove leitos para acolhimento dos pacientes durante a noite.
Já o CAPS II Neusa Santos Souza presta assistência em saúde mental a pacientes das regiões de Sulacap, Senador Camará, Deodoro e Magalhães Bastos, com 611 usuários cadastrados. A unidade fica na Rua Baalbeck, 75, em Senador Camará, e passou por obras de reforma geral e ampliação, além de receber novo mobiliário. CAPS tipo II funcionam de segunda a sexta, das 8h às 17h.
– A importância dos CAPS é ímpar pois trata-se de um espaço de atenção ao usuário com saúde mental debilitada e necessitada. Estamos entregando um espaço com qualidade. Assim, damos mais valorização para os funcionários que se dedicam tanto e para os usuários que precisam tanto desse espaço e que ganham uma maior qualidade de vida – declarou o subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba.
Bernardo Ferreira, de 37 anos, foi usuário do CAPS Lima Barreto e, atualmente, é atendido no CAPS Neusa Santos Souza. Ele contou que os espaços foram um divisor de águas em sua vida.
– Antes de conhecer o CAPS, em 2018, eu me tratava muito em emergências e isso não resolvia. A partir da minha vinda pro CAPS, eu consegui interromper as crises, voltar a ter uma vida produtiva e trabalhar. Para mim o CAPS significou poder retomar a minha vida de alguma forma.
Como funcionam os CAPS
Os centros de atenção psicossocial prestam atendimento a pessoas com transtorno mental severo e persistente, e/ou com transtorno mental decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas, e trabalham em constante articulação com as demais unidades de saúde e com unidades de outros setores (educação, assistência social, etc).
Os CAPS oferecem atendimento interdisciplinar, com equipe multiprofissional que reúne psiquiatra, enfermeiro, assistente social, psicólogo, agente territorial, entre outros. São realizados atendimentos individuais, em grupo, com familiares, visitas domiciliares e oficinas terapêuticas, trabalhando na lógica da redução de danos, da desinstitucionalização e reabilitação psicossocial.
Fonte: Prefeitura do Rio