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Depoimento de piloto da traineira abre inquérito da Civil sobre naufrágio com seis mortes

Sobrevivente deu pista-chave para a investigação: 'Ninguém a bordo estava usando colete salva-vidas'

Por Portal Eu, Rio! em 07/02/2023 às 07:42:15

Em vídeo postado nas redes sociais durante o passeio na traineira, Michelle Bayerl, alvo de buscas do Corpo de Bombeiros, aparece sem colete salva-vidas. Foto: Reprodução Internet

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas do afundamento da traineira Caiçara, que saiu da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, com famílias de moradores do bairro para um passeio pela Baía de Guanabara até as proximidades da Ilha de Paquetá. O caso será investigado pela 37ª Delegacia Policial (Ilha do Governador).Os sobreviventes serão ouvidos, e os agentes realizarão diligências para apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência do condutor da embarcação. O comandante da embarcação era Marcos Paulo da Silva, também morador da Ilha do Governador, que conseguiu se salvar. Ele será o primeiro a ser ouvido pela polícia ainda esta semana.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o resgate do corpo de uma criança, que aumentou para seis o número de mortes confirmadas no naufrágio.

A Polícia Técnico-Científica identificou no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, por meio de exame de papiloscopia, os corpos de Juliana Gomes de Lana da Silva, de 35 anos; Everson Costa de Assunção, de 45 anos; Evandro José de Sena, de 55 anos; Michele Bayerl de Moraes de Sena, de 43 anos; Eduardo Borges da Silva Correa, de 14 anos; e Caio Gomes da Silva, de 3 anos.

Perícia do Instituto Médico-Legal Carlos Éboli confirmou Juliana Lana da Silva, mãe de três filhos, como uma das vítimas do naufrágio

O mergulhador aposentado João Penha de Assunção, de 70 anos, disse no IML, onde foi fazer o reconhecimento do corpo do filho, Everson Costa de Assunção, que sua nora, Ana Paulo Souza, de 46 anos, que sobreviveu ao naufrágio, disse a ele que “ninguém usava colete salva-vidas na embarcação.


Em nota, a Marinha do Brasil informou que a A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro enviou uma equipe de Busca e Salvamento ao local para averiguações, assim que tomou ciência do acidente. De acordo com informações atualizadas, a embarcação contava com 14 pessoas a bordo. As buscas estão sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar, em conjunto com a Marinha, que está prestando apoio logístico com o aviso de patrulha Albacora e a lancha de apoio ao ensino e patrulha Xaréu.

Segundo a Capitania dos Portos, não foi verificado indício de poluição hídrica no local, e um inquérito sobre acidentes e fatos da navegação vai apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Artigo 42 da Lei nº 2.180/54.

Mesmo com o início da noite, o Corpo de Bombeiros não suspendeu às buscas pelos dois desaparecidos: um adulto e um menor de idade.

O Corpo de Bombeiros conseguiu içar a embarcação Caiçara da Baía de Guanabara, que foi levada à Capitania dos Portos para passar por perícia. Uma equipe da 37ª DP (Ilha do Governador) foi até a Capitania dos Portos, nesta terça-feira (07/02), verificar a condição da embarcação. As vítimas sobreviventes serão ouvidas nesta semana e os agentes realizarão demais diligências para apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência do condutor do barco



Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional

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