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Jornalistas mexicanos acreditam em vitória sobre o Brasil

Adriana Terrazas e Diego Paz relembraram triunfos contra a Seleção em outras competições

Por Gustavo Cunha em 01/07/2018 às 12:20:33

(FOTO: Divulgação / Federação Mexicana de Futebol)

Brasil e México novamente se encontram em uma Copa do Mundo. Em mundiais, as equipes já se enfrentaram quatro vezes, com ampla vantagem brasileira. São três vitórias, um empate, 11 gols marcados e nenhum sofrido. Um retrospecto animador para time e torcida.

Porém, em confrontos recentes, o México vem sendo uma pedra na chuteira. Nas 14 partidas disputadas entre as seleções neste século, os mexicanos venceram seis, os brasileiros cinco e três empates.

Em outras competições, a vantagem é mexicana. Derrotaram o Brasil nas Copas Américas de 2001 e 2007, na Copa das Confederações de 2005 e na Copa Ouro de 2003. A Seleção Brasileira saiu vencedora nos confrontos na Copa América de 2004, nas quartas, e na fase de grupos da Copa das Confederações de 2013.

Em finais, o Brasil é freguês. Foi derrotado nas quatro oportunidades em que as equipes se encontraram. Perdeu as Copas Ouro de 1996 e 2003, quando atuou com um time sub-23 em ambas; na Copa das Confederações de 2009; e nas Olimpíadas de 2012.

Para termos a visão do que nossos adversários pensam do próximo confronto, válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018, o Portal Eu, Rio! entrevistou a jornalista Adriana Terrazas, da ESPN do México, e o jornalista Diego Paz, do Portal Soy Referee.

Adriana respondeu qual a sua expectativa para o duelo e lembrou que os mexicanos terão o desfalque do zagueiro Hector Moreno, um dos destaques do time.

"Será um jogo muito complicado para o México, pois terá que modificar a defesa pela suspensão de Hector Moreno e entrará em campo pressionado por causa da derrota por 3 a 0 para a Suécia."


ZagueiroHector Morenolevou o segundo amarelo contra a Suécia e está fora das oitavas de final.

(FOTO: Divulgação / Federação Mexicana de Futebol)

Diego disse como o povo mexicano está reagindo com esse confronto.

"Após a derrota por 3 a 0 para a Suécia, o clima caiu. No entanto, a esperança de chegar às quartas de final não está perdida. No México, todos acham que a Tri deverá avançar, pelo menos, para o quinto jogo."

Adriana revelou que apesar do México nunca ter vencido o Brasil em Copas do Mundo, existe um otimismo mexicano por vitórias sobre a Seleção Brasileira em outras competições.

"Há respeito, mas também otimismo, pois apesar da seleção mexicana nunca ter marcado um gol contra o Brasil em uma Copa do Mundo, em outros momentos o México saiu vencedor, em torneios como Olimpíada, Copa das Confederações e Sub-17."

Perguntado se Neymar causava medo, Diego aproveitou para dar uma cornetada no estilo de jogo do atacante.

"Eu tenho mais medo que o Neymar se jogue na área. O VAR (árbitro de vídeo) já o tem, de certa forma, controlado nesse aspecto. Nós vimos isso nas partidas anteriores. Claro, ele é uma figura grande nesta Copa do Mundo e vai querer mostrar o motivo de ser o jogador mais caro do mundo. Em termos gerais, não vi sua melhor performance. Vamos esperar que isso não acorde este predador contra o México."


Neymar vem sendo criticado pelos adversários por simular faltas nesta Copa do Mundo.

(FOTO: Lucas Figueiredo / CBF)

Quando trabalhou no futebol brasileiro, treinando o São Paulo, Juan Carlos Osório era constantemente criticado por não repetir escalações. Adriana relatou que este é um dos motivos do técnico não gozar de muito prestígio junto à torcida mexicana.

"Ele mudou muito forma de jogar da seleção mexicana. Trabalhou muito, mudou tudo e isso valeu a pena, mas também gerou atrito com os torcedores. Os torcedores gostam de saber qual time vai entrar em campo contra qualquer oponente, e Osorio utilizou 51 escalações diferentes desde que chegou. O jogo contra a Suécia foi a primeira vez que ele repetiu uma escalação."

Para Diego, o técnico não seguirá no comando da Seleção Mexicana após a Copa.

"Na minha opinião, o técnico colombiano está esgotado. A crítica tem sido forte em alguns setores da imprensa, e eu não acho que ele será mantido por mais quatro anos da mesma forma."


O futuro de Juan Carlos Osório no comando do México depende de uma vitória sobre o Brasil.

(FOTO: Divulgação / Federação Mexicana de Futebol)

Contra o Brasil, o México conquistou o maior título da história de seu futebol, a Copa das Confederações de 1999. Questionado se o feito poderia se repetir, Diego lembrou que em Copas do Mundo, os mexicanos nunca marcaram sequer um gol nos brasileiros, mas acredita que seus conterrâneos têm armas para vencer o time canarinho.

"São cenários diferentes. Contra o Brasil, eles jogaram quatro vezes em Copas do Mundo, com saldo negativo para o México: Três derrotas, um empate, 11 gols contra e zero a favor. Mas nós temos armas para vencer o Brasil, sim."

Adriana acredita que mesmo com o título da Copa das Confederações de 1999, o futebol mexicano não passou a ser avaliado de outra forma, pois não conseguiu demonstrar crescimento em Copas do Mundo, o campeonato mais importante.

"Não, porque após a conquista da Copa das Confederações, o México não conseguiu mostrar esse crescimento nas Copas do Mundo. Ele é campeão da CONCACAF e, às vezes, ele tem bom desempenho em outros torneios para os quais o convidam, mas não há prova maior do que uma Copa do Mundo para ver um verdadeiro crescimento de nível", encerrou.

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