Operação promovida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (22), prende cinco dos 13 acusados de pertencer a uma organização criminosa que atua nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e adjacências, na Zona Oeste do Rio: Ronald Paulo Alves Pereira, vulgo Tartaruga; Manoel de Brito Batista, vulgo Cabelo; Benedito Aurélio Ferreira Carvalho, conhecido como Aurélio; Maurício Silva da Costa, vulgo Careca; e Laerte Silva de Lima foram presos.
O MPRJ atuou por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência/MPRJ, da DRACO e da CORE/Polícia Civil. Na operação, também foram apreendidas seis armas, farta documentação sobre compra e venda de imóveis, 200 folhas de cheque de alto valor e R$ 50 mil em espécie.
Segundo as investigações, os denunciados são acusados de grilagem de terras, construção, venda e locação de imóveis de forma ilegal, receptação de carga roubada, extorsão de moradores, comerciantes, ocultação de bens, porte ilegal de armas, pagamento de propinas a agentes públicos, entre vários crimes.
O grupo estaria exercendo domínio territorial em Jacarepaguá por meio da força. Foram denunciados Adriano Magalhães da Nóbrega (mais conhecido como "capitão Adriano" ou "Gordinho"); Marcus Vinicius Reis dos Santos ("Fininho"); Júlio Cesar Veloso Serra; Daniel Alves de Souza; Gerardo Alves Mascarenhas ("Pirata"); Jorge Alberto Moreth ("Beto Bomba"), Fabiano Cordeiro Ferreira ("Mágico") e Fábio Campelo Lima.
O Ministério Público chegou a esses nomes por meio de áudios transcritos. As denúncias indicam que o Capitão Adriano, Major Ronald e o tenente reformado da PMERJ, Maurício Silva da Costa ("Maurição", "Careca", "Coroa" ou "Velho") são líderes da organização, que colocou Jorge Alberto Moreth ("Beto Bomba") como presidente da Associação de Moradores da Comunidade Rio das Pedras. O cargo foi ocupado por meio de ameaças e uso de força.
De acordo com o MPRJ, "Beto Bomba" tem conhecimento prévio das operações policiais realizadas no bairro, o que dá tempo para ele alertar seus comparsas.
O Ministério Público quer incentivar a população residente na região a denunciar cobranças ilegais de taxas e outros crimes praticados pela milícia.