Um estudo preliminar de pesquisa de campo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal de Roraima (UFRR) revelou que a crise migratória em Roraima é um problema de longa duração e não é a primeira enfrentada pelo Brasil em suas fronteiras. O relatório enfatiza a necessidade de ações do poder público e da sociedade civil para enfrentar a crise migratória, que assola a região há anos, e destaca a oportunidade de sistematização da memória e da expertise institucional do país para administrar e reagir a esses deslocamentos humanos.
De acordo com a UERJ, o relatório não tem por objetivo criticar a condução institucional da acolhida de pessoas no Estado de Roraima, e não deprecia ou coloca em dúvida o trabalho dos agentes públicos e membros da sociedade civil envolvidos nesse processo. O objetivo é fornecer dados para que autoridades e a sociedade civil mantenham o foco na emergência humanitária permanente na fronteira do Brasil com a Venezuela e desenvolvam políticas públicas eficientes e harmonizadas ao direito internacional e, principalmente, aos direitos humanos.
O estudo destaca a importância de ações imediatas e sustentáveis para enfrentar a crise migratória em Roraima, com foco na proteção dos direitos humanos e na promoção de políticas públicas eficientes e harmonizadas ao direito internacional. A análise dos pesquisadores reforça a necessidade de um esforço conjunto das autoridades e da sociedade civil para garantir a dignidade e a segurança das pessoas migrantes e solicitantes de refúgio na região.