Flamengo, Estudiantes, Barcelona, Seleção, Button, Federer, Bolt. O ‘Desafio dos 10 anos’ no esporte

O famoso túnel do tempo tomou conta das redes sociais nos últimos dias. Tudo por causa do #10YearChallenge ou "Desafio dos 10 anos". O mundo do esporte não poderia ficar de fora desta brincadeira. Então, o “Eu, Rio” listou algumas comparações com este recorte da história.

No futebol carioca nem parece que o último zero de 2009 foi substituído pelo “1”. Naquela época, três dos quatro grandes clubes do estado lutavam para escapar ou voltar da Série B. O Vasco disputou pela primeira vez a Segunda Divisão nacional e conseguiu o acesso com título e a liderança técnica do meia-atacante Carlos Alberto. Dorival Júnior, no Flamengo até dezembro passado, era o treinador. Já Fluminense e Botafogo só não trocaram de lugar com o Cruz-Maltino porque se livraram na rodada final daquele Brasileirão. O Tricolor obteve um heróico empate com o Coritiba, no Couto Pereira, por 1 a 1, rebaixando os donos da casa. Simultaneamente, o Glorioso contou com uma atuação magnífica de Jóbson, que marcou o gol salvador, garantindo o 2 a 1 no Engenhão, sobre o Palmeiras, ex-líder do campeonato, mas que estava em decadência e ficou sequer sem a vaga na Libertadores com este resultado. Logo o Verdão, vencedor do BR-2018.

Enquanto os rivais brigavam contra o purgatório, o Flamengo teve uma improvável arrancada na reta de chegada da principal competição do País e terminou erguendo a taça. O Rubro-Negro foi comandado em campo por Adriano e Petkovic. Fora dele, Andrade tocou o barco de forma interina. Coube ao zagueiro Ronaldo Angelim decretar a virada diante do Grêmio no Maracanã. Meses mais cedo, o Urubu se tornou tricampeão estadual de maneira consecutiva sobre o Botafogo.

Em 2019, o clube da Gávea inicia a temporada com os cofres cheios e muito mais badalado do que há dez anos. Resta ver se o resultado da trajetória será proporcional e com o mesmo sabor antigo. Já Flu, Bota e Vasco, com orçamentos e, consequentemente, elencos mais modestos, pela lógica trilham o caminho de um filme repetido ou semelhante. No entanto, agora o clube da Cruz de Malta também está na elite brasileira. Vale ainda destacar que o Tricolor, ao contrário da situação de momento, contava com uma equipe valiosa no mercado, tendo, por exemplo, Darío Conca e Fred, apesar do sufoco até o duelo contra o Coxa.  

O clube das Laranjeiras fez o oposto na Sul-Americana. Construiu uma campanha que o levou para a decisão. Mas sofreu novo revés da LDU, do Equador, assim como uma temporada antes na Libertadores.

Na Copa do Brasil, deu Corinthians, de Ronaldo “fenômeno”. Libertadores e Champions League ficaram com Estudiantes de La Plata (ARG), que bateu o Cruzeiro na decisão, e Barcelona, respectivamente. Os catalães venceram também o Mundial de Clubes. Por falar em torneio de âmbito intercontinental, houve Copa das Confederações em 2009. Com Dunga dirigindo o time, a seleção abocanhou a taça, após uma virada para cima dos Estados Unidos na final do certame preparativo para a Copa na África do Sul, realizada no ano seguinte.

Outros esportes

Abrindo o leque esportivo, 2009 também foi ano em que o Rio de Janeiro acabou sendo escolhido como sede da Olimpíada de 2016, superando Madri, Tóquio e Chicago na eleição do COI (Comitê Olímpico Internacional). Na fórmula-1, o britânico Jenson Button faturou o caneco, pela Brawn GP. O brasileiro Rubens Barrichello, da mesma escuderia, ficou em terceiro, mas conseguiu ser campeão, posteriormente (2014), em outra categoria, a Stock Car. Button se aposentou em 2016. Na atualidade, o inglês Lewis Hamilton buscará o tri consecutivo, o que seria sua sexta conquista na carreira.

No vôlei, os homens foram para o topo do pódio na Liga Mundial e na Copa dos Campeões. Anderson, Marcelinho e Gustavo eram alguns nomes do renovado time de Bernardinho, que deixou o comando com Renan Dal Zotto, a partir de 2017. Do outro lado, as meninas seguem com José Roberto Guimarães. Há uma década, elas ganharam o oitavo dos 12 troféus canarinhos do Grand Prix.

Ainda em alto nível, Roger Federer fechou 2009 como o número 1 do mundo no tênis, posto ocupado agora pelo sérvio Novak Djokovic. O suíço, atualmente em terceiro, foi campeão de Roland Garro pela primeira vez há dez primaveras.

Aposentado, o jamaicano Usain Bolt já era a grande força do atletismo. Longe das pistas, hoje ele troca passes e finaliza nos gramados do futebol, vestindo a camisa do Central Coast Mariners, da Austrália.

Daqui a dez dias, meses ou anos, quem sabe acontece outro desafio deste no Twitter, Instagram, Facebook e novas redes que devem ir surgindo. Já imaginou quem pode estar reinando nos gramados, quadras e autódromos em 2029?