Especialista afirma que mulheres sofrem mais problemas oculares que homens

As doenças oculares mais comuns em mulheres incluem o olho seco, catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade. Segundo Marcelo Brito, médico oftalmologista, a ideia de que mulheres são mais propensas a problemas oculares do que homens é, em geral, verdadeira. Existem algumas razões para isso. Uma delas é que elas têm mais chances de desenvolver condições oculares relacionadas a hormônios, como a síndrome do olho seco. Outro fator é uma maior expectativa de vida e, portanto, são mais propensas a desenvolver condições relacionadas à idade, como a degeneração macular.

O olho seco é uma condição em que as lágrimas não são produzidas em quantidade suficiente ou evaporam muito rapidamente, causando desconforto ocular. A catarata é uma opacidade do cristalino que pode levar a visão embaçada e perda de qualidade visual. O glaucoma é uma condição em que o nervo óptico é danificado, muitas vezes por uma pressão ocular elevada, e pode levar à perda irreversível da visão. A degeneração macular relacionada à idade é uma condição em que a mácula, uma parte da retina responsável pela visão central, é danificada, levando a perda de visão central.

Durante a gravidez, as mulheres podem experimentar algumas mudanças visuais temporárias, como a visão embaçada, devido às flutuações hormonais.

Além disso, algumas condições oculares podem se agravar durante a gravidez, o que pode incluir:

* Mudanças refrativas: algumas mulheres podem notar que sua visão fica embaçada ou que precisam usar óculos com uma prescrição diferente durante a gravidez. Isso pode ser devido às flutuações hormonais que afetam a forma do olho e sua capacidade de se concentrar na luz.

* Olho seco: a gravidez pode causar uma diminuição na produção de lágrimas, o que pode levar a sintomas de olho seco, como coceira, ardor e vermelhidão.

* Retinopatia da gravidez: também conhecida como pré-eclâmpsia ocular, esta é uma complicação grave da gravidez que pode afetar os vasos sanguíneos da retina. Isso pode levar a danos permanentes na visão se não for tratado.

“Embora essas alterações oculares sejam geralmente temporárias e desapareçam após a gravidez, é importante lembrar que a gravidez pode aumentar o risco de certas condições oculares, como a retinopatia diabética em mulheres com diabetes pré-existente. Além disso, a pré-eclâmpsia ocular pode ser uma indicação de pré-eclâmpsia sistêmica, que pode ter consequências graves para a saúde da mãe e do bebê”, alerta o oftalmologista.

As alterações oculares temporárias mencionadas acima podem afetar cerca de 15-20% das mulheres durante a gravidez. É importante que as mulheres grávidas informem seus médicos sobre quaisquer sintomas oculares e façam exames oftalmológicos regulares para garantir que sua visão esteja saudável durante a gravidez e após o parto.

A melhor forma de prevenção para esses problemas é fazer consultas regulares com um oftalmologista para exames de rotina e detecção precoce de condições oculares. Além disso, é importante manter um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, exercício físico regular e proteção adequada dos olhos contra a exposição excessiva à luz ultravioleta e lesões oculares. As mulheres que estão grávidas devem ter um controle cuidadoso da saúde em geral, incluindo a saúde ocular, e devem conversar com seu médico sobre quaisquer preocupações específicas relacionadas à visão durante a gravidez.