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O Falsidade Eterna voltou

Bloco do Complexo do Alemão volta a desfilar este ano

Por Alexandra Silva em 28/01/2019 às 09:00:00

Depois de três anos de ausência, o bloco Falsidade Eterna volta na terça-feira de Carnaval. Foto: Divulgação

Três anos longe dos desfiles de rua, o bloco da Falsidade Eterna volta em 2109 a pedido dos foliões. O bloco tem concentração marcada para a terça-feira de Carnaval (05), a partir das 15h, no Espaço Cultural Maria Madalena (Mada), matriarca do bloco, na Estrada do Itararé, 320, Ramos.

A Falsidade Eterna foi criado por familiares e amigos moradores do Complexo do Alemão e desfila pelas ruas de Ramos desde 2008. O nome do bloco não foi uma unanimidade entre os fundadores, mas prevaleceu a brincadeira do amigo Vinícius “Falso”, que chamava de falso todo amigo que não o convidava para algum evento. A brincadeira ganhou força e reuniu mais de três mil pessoas nos desfiles. Fora do carnaval desde 2015, o bloco volta com a mesma energia que contagiava os foliões do Complexo do Alemão e bairros vizinhos.

“As pessoas cobravam da gente a volta do bloco, que parou de desfilar por diversos fatores, mas com apoio da comunidade vamos voltar. E atendendo aos pedidos dos foliões, nós resolvemos voltar com nosso desfile. O bloco reúne pessoas de todas as idades, tem segurança e respeito. O bloco é só alegria, aprendemos com nossa família”, conta Andréia Ribeiro, presidente do bloco.
 
Origem do bloco

O bloco Turma do Pé, surgiu aos pés do morro, na Av. Central, no morro do Alemão, nos anos 1970. Foi criado por jogadores do time de futebol Módulo Mil, que usavam a quadra de futebol que existia na subida do morro do Alemão. O bloco era um sucesso total no carnaval e desfilava pelas ruas de Ramos, no subúrbio do Rio de Janeiro. O bloco juntava tanta gente nos ensaios que a direção da escola de samba Imperatriz Leopoldinense pedia para ensaiarem em dias diferentes, porque os foliões não saiam do ensaio do bloco e esvaziava a escola.  O Turma do Pé foi criado por integrantes da família Ribeiro, os mesmos que fundaram o Falsidade Eterna.
 
“Um dia o Adelzon Alves, que morava aqui perto, saiu para fazer seu programa de rádio e noticiou que no ensaio do bloco da Turma do Pé estava tão cheio que tinha gente até em cima do poste”, contou Wilson Ribeiro, um dos fundadores da Turma do Pé.
 
Vó Mada – Tradição no samba

Matriarca do bloco da Falsidade Eterna, D. Maria Madalena, conhecida como Vó Mada, morava no alto do morro do Salgueiro, onde fundou uma escola de samba chamada Depois Eu Conto cujas cores eram verde e branco. Por conta de um deslizamento, Vó Mada mudou para Vila Izabel com marido e filhos para um barraco doado.  De lá, foi para o morro do Alemão, para junto da família do seu marido Gésio Ribeiro, onde montaram um barraco de madeira, sendo uma das primeiras famílias a se instalarem na comunidade. Ali ela criou os oito filhos, sobrinhos, netos e bisnetos. Vó Mada foi uma das fundadoras do bloco da Turma do Pé, chegando a compor um samba para o bloco. Sua presença era sempre esperada nos desfiles do Bloco da Falsidade, que surgiu na laje da sua casa. Vó Mada faleceu em 2015.
“Falar da Vó Mada é muito emocionante. É contar uma história muito bonita. Ela foi uma dessas mulheres guerreiras que criou filhos e sobrinhos com muita garra”, conta emocionada Regina Maria, sobrinha.
 
Inspirados na história da matriarca, o bloco da Falsidade promete encher as ruas de Ramos com muita alegria, empolgação e samba no pé. Os preparativos para o desfile já estão nos últimos detalhes e a diretoria já colocou a venda o primeiro lote de abadás, que poderão ser comprados aqui:



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