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Mãozinha para os hermanos

Lula articula crédito dos Brics para socorrer economia da Argentina, maior parceira do Brasil no continente

Nova regra permitindo crédito a país fora do bloco entra em pauta na reunião do Novo Banco de Desenvolvimento


Lula prometeu ao colega Alberto Férnandez buscar saídas para financiar importações da Argentina, com ajuda do Banco dos Brics. Foto: Ricardo Stuckert/Ascom PR

O presidente Lula disse que o governo brasileiro vai articular junto ao Brics, bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um esquema para socorrer a Argentina. Essa articulação, inclusive, vai ser coordenada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente Lula informou que já conversou com a presidente do Banco dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, sobre a possibilidade de o grupo ajudar a Argentina.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a costura de Lula e Dilma pela liberação de recursos do Banco dos Brics, o NBD, para financiar economia argentina.

Os argentinos são os maiores parceiros comerciais do Brasil na América do Sul e enfrentam uma nova crise na economia, com desvalorização do peso, perda do poder de compra e uma inflação que em março chegou a 104% ao ano.



Em relação à linha de crédito para financiar empresas brasileiras que exportam para o mercado argentino, o presidente Lula explicou que o objetivo é ajudar também o Brasil.

Por seu lado, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ressaltou que deseja que o Brasil retome o espaço ocupado pelos chineses. Ele ainda agradeceu o apoio declarado do presidente Lula em buscar socorro financeiro.

As equipes dos dois países irão se reunir nas próximas semanas para encontrar uma solução para alguns entraves nas negociações, como a garantia que os importadores argentinos podem oferecer, já que a moeda e os títulos nacionais perderam valor com a crise econômica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na noite desta terça-feira (2/5), durante quase quatro horas no Palácio do Alvorada, em Brasília, para buscar uma solução para ajudar as empresas brasileiras que exportam para o país vizinho e também para o aperto que vive a economia argentina.

Precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para a Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz com os produtos chineses. Estamos discutindo uma forma para que nossos exportadores continuem com suas empresas vendendo para a Argentina”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Em declaração após o encontro, que teve participação de integrantes do alto escalão da área econômica dos dois países, Lula afirmou que quer ajudar a tirar “a faca do FMI do pescoço da Argentina”, e que o país vizinho “só quer crescer e gerar empregos”. Para ele, auxiliar o principal parceiro comercial do Brasil no continente significa também fortalecer a economia brasileira.

“Precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para a Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz com os produtos chineses. Estamos discutindo uma forma para que nossos exportadores continuem com suas empresas vendendo para a Argentina”, afirmou o presidente.



Em busca de uma saída para conseguir garantias bancárias para empréstimos a esses empresários, Lula afirmou que durante sua viagem à China conversou com Dilma Rousseff, que atualmente preside o NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco de fomento dos BRICS, em Xangai.

“Queríamos saber se os BRICS poderiam ajudar, mas a presidenta Dilma explicou que o NBD não pode ajudar um país que não seja membro. Saí de lá, fui a Pequim e pedi ao presidente Xi Jinping que ajudasse a Argentina. Hoje, conversei com ela e ela contou que o ministro das Relações Exteriores da China foi a Xangai conversar sobre isso. Eles descobriram que precisam mudar um artigo do regulamento”, explicou.

O presidente Lula disse que essa mudança será assunto da próxima reunião dos governadores do banco do BRICS, no dia 29 deste mês, e pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compareça na qualidade de governador do Brasil. "O Brasil tem compromisso com o Mercosul e com a Argentina. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para tentar resolver os problemas econômicos, para fazer com que a Argentina volte a ser uma economia próspera na nossa querida América do Sul".

O presidente da Argentina agradeceu os esforços feitos pelo governo brasileiro. “Valorizo os esforços que o Brasil faz e comemoro a posição explícita que o governo brasileiro tomou para ajudar a Argentina. Acho que tivemos um encontro muito bom para colocar as coisas em movimento. Demos um passo muito importante. Escutamos uma definição categórica do Brasil”, afirmou.





Agência Brasil e Radioagência Nacional

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