Definitivamente os senadores não se entendem. Depois de quase oito horas de sessão plenária para a escolha do presidente do Senado Federal, os parlamentares ainda não decidiram neste sábado (02) quem será o líder da Casa. Os senadores, agora, estão participando da segunda eleição, já que foi considerado que na primeira votação houve fraude e foi anulada.
A segunda votação mal havia começado, quando o senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos candidatos ao cargo, foi à tribuna para anunciar que estava saindo da disputa. Uma nova confusão se formou. E até o momento os senadores não chegaram a um consenso sobre a eleição.
Os senadores estão num impasse político desde a noite da última sexta-feira (1º ), quando a maioria dos parlamentares decidiu que a eleição para a escolha do presidente do Senado deveria ser aberta e não secreta, como determina o Regimento Interno da Casa. Na madrugada deste sábado, o MDB e o Solidariedade entraram com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a votação aberta.
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, atendeu ao pedido dos dois partidos e determinou que a eleição fosse secreta. A sessão, então, reiniciou neste sábado a partir das 11h. Desde o início dos trabalhos, os parlamentares usam o microfone para criticar a decisão do STF que determinou a votação secreta no Senado.
Após a eleição, teve início a contagem dos votos. Foi constatado que havia 82 cédulas na urna em vez de 81. Alguns senadores chegaram a dizer que houve fraude na eleição.
Antes da votação, eram oito os candidatos à Presidência do Senado. Mas, no decorrer da sessão, os senadores Álvaro Dias (Podemos-PR), Major Olimpio (PSL-SP), Simone Tibet (MDB-MS) e Renan Calheiros retiraram as suas candidaturas. Permanecem na disputa os seguintes candidatos: David Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Collor de Mello (PROS-AL) e o senador Reguffe, do Distrito Federal e sem partido.