A convite do Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, nos dias 20 e 21 de maio corrente. O G7, de acordo com o Manuel de Comunicação da SECOM/Presidência da República, é o nome dado à reunião periódica (três vezes por ano) de sete países entre os mais desenvolvidos industrialmente e economicamente e que se propõem democráticos. O grupo é formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais a Rússia (G8), que não participa de todas as possibilidades de decisão do grupo e pode não ser convidada para algumas das suas reuniões.
Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a Cúpula do G7 em Hiroshima,no Japão.
De acordo com o governo japonês, além dos demais países do G7 e do Brasil, foram convidados para a reunião Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã, além de representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial de Saúde, da Organização Mundial do Comércio e da União Europeia.
O G7 se reuniu pela primeira vez em 1975, por iniciativa do então primeiro-ministro alemão Helmut Schmidt, e do presidente francês à época, Valéry Giscard D'Estaing. O Brasil faz parte do G20, mesmo sendo, em março de 2013, a sétima economia do mundo, em termos de PIB (produto interno bruto).
O Brasil compartilha valores que congregam os países do G7 – como o fortalecimento da democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos – e mantém com seus membros permanente coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do G7 interagem.
O Brasil foi convidado a participar de Cúpulas do G7 em diversas ocasiões no período entre 2003 e 2009. Esta será a sétima participação do Presidente Lula em cúpulas do grupo, marcando a retomada do engajamento do Brasil com o G7 e consolidando a percepção de equilíbrio no posicionamento do país em temas sensíveis do cenário internacional. Deverão ser discutidos no segmento de engajamento externo do G7, entre outros, os desafios enfrentados pela comunidade internacional em temas como paz e segurança, saúde, desenvolvimento, questões de gênero, clima, energia e meio ambiente.
Na cúpula anterior, ano passado, o Brasil ficou fora. Na presidência rotativa do grupo, a Alemanha anunciou que África do Sul, Senegal, Índia e Indonésia seriam os quatro convidados para a cúpula do G7, grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo. O Brasil costumava participar do encontro, mas não entrava na lista de países convidados desde 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro passou a ocupar o Palácio do Planalto.
Histórico de participações do Brasil em Cúpulas do G7:
• 2003: Cúpula de Évian-les-Bains, a convite da França;
• 2005: Cúpula de Gleneagles, a convite do Reino Unido;
• 2006: Cúpula de São Peterburgo, a convite da Rússia (então membro do G8);
• 2007: Cúpula de Heiligendamm, a convite da Alemanha;
• 2008: Cúpula de Hokkaido, a convite do Japão;
• 2009: Cúpula de L’Aquila, a convite da Itália.