A quadrilha do traficante Paulo César Baptista de Castro, o Paulinho, que comanda a venda de drogas nos morros do Fallet e do Fogueteiro, entre o Catumbi e Santa Teresa, na Região Central do Rio, tinha um integrante que fazia se passar por amigo de policiais militares para assim conseguir informações sobre as operações policiais.
O suspeito em questão, identificado como Adílson Gomes da Silva, atuava como olheiro mas foi destacado para angariar a confiança dos policiais militares, com comportamento simpático, e assim transmitir ao bando, via telefone e rádio de comunicação, a movimentação e deslocamento dos policiais militares da UPP pelas comunidades.
Ele era responsável ainda, por alertar o grupo criminoso da aproximação da polícia e informar do término da operação policial, de modo a facilitar a ocultação da droga e das armas de fogo, dificultando as apreensões, bem como permitindo o recomeço do movimento de venda de drogas após a saída da força policial do local.
Paulinho é aclamado por seus subordinados, inclusive em redes sociais, como chefe do tráfico de drogas e é chamado de´Dono do Morro´ e ´Papai. Sua quadrilha tem planejamento empresarial e recruta adolescentes para trabalhar no comércio de drogas.
A organização criminosa confere diariamente os lucros da venda do entorpecente, retirando do local do comércio, o excedente, de modo que o tráfico não tenha grande perda financeira no caso de prisões e apreensões. Eles controlam a quantidade de droga à disposição do ´vapor´ para a venda ao usuário e gerenciam a utilização das armas de fogo.
O grupo é apontado como o responsável pela expansão do caos social nas comunidades Fallet/Fogueteiro, fonte dos principais eventos criminosos em Santa Teresa e bairros vizinhos, detendo grande poder econômico, social e bélico, aí incluindo metralhadoras, fuzis e munições cruzadas, expostos nas mídias sociais e em filmagens.
A quadrilha de Paulinho acaba de ganhar um reforço de peso. Trata-se do traficante Alex Marques de Melo, vulgo Léo Serrote, que ocupava a alta hierarquia do tráfico no Complexo de São Carlos, no Estácio, dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), rival do Comando Vermelho (CV), na qual é vinculado o bando que explora o Fallet e o Fogueteiro. Serrote é homem de guerra.