Inflação do Rio fica abaixo da taxa do Brasil

A inflação da região metropolitana do Rio, nos últimos 12 meses terminados em maio, foi de 3,6% - 0,3 pontos percentuais abaixo da inflação do Brasil (3,9%). Os dados foram compilados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. O desempenho ocorreu pela queda nos preços dos alimentos e dos combustíveis, que vem impactando o orçamento dos cariocas.

No Rio, a inflação de alimentos no domicílio foi de 2,9%, 1,7 p.p. abaixo da taxa brasileira (4,6%). Os preços dos serviços cresceram 5,1%, 1,5 p.p. abaixo do Brasil (6,5%), e os bens industriais apresentaram variação de preços de 5,0% no Rio, em linha com a taxa nacional (5,2%). Esses três itens formam os preços livres, determinados por oferta e demanda. Já os preços administrados, regulados pelo governo, apresentaram crescimento de 1,5% no Rio e queda de 0,9% no Brasil.

Em maio, houve uma deflação de alimentos no domicílio no Rio (-0,4%, na comparação com abril), o que levou a taxa em 12 meses a recuar para 2,9%. Na média do Brasil, não houve alteração de preços nos alimentos no domicílio em maio (taxa de 0,0%), com a inflação em 12 meses no nível de 4,6%, 1,7 pontos percentuais acima da taxa do Rio. A maior queda foi do preço do mamão (14,12%), seguido por cenoura (11,1%), óleo de soja (10,6%), uva (10,3%) e limão (9,8%). Outros destaques são a queda do preço da alcatra (3,6%), carne-seca e de sol (3,0%), manteiga (2,9%), linguiça (2,3%) e queijo (2,0%).

“A inflação de alimentos ter caído tanto é uma excelente notícia para as famílias, já que esse grupo representa uma parcela grande do orçamento das famílias, em especial dos mais pobres”, avalia o secretário Chicão Bulhões, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio.

Preços dos combustíveis reduzem quase 30%

No Rio, nos últimos 12 meses terminados em maio de 2023, a queda dos preços dos combustíveis de veículos foi de 27,3%, uma redução expressiva puxada pela gasolina, que recou 29,3% e pelo etanol, com queda 30,4%. O preço do óleo diesel reduziu 16,3%, e o do gás veicular, 17,1%. Com isso, a queda dos preços no Rio foi maior do que a média nacional, que também apresentou grande redução: combustíveis de veículos (25,9%); gasolina (26,5%); etanol (24,3%); óleo diesel (19,3%); e o gás veicular (17,4%).