Comum em pessoas com mais de 40 anos, a doença tem uma incidência sete vezes maior em mulheres do que em homens devido a vários fatores - que vão desde a maior sensibilidade da musculatura, distúrbios hormonais, até o uso de salto alto - segundo explica o ortopedista Rodrigo Carriello, especialista em nutrição esportiva, ortomolecular e performance humana.
A fascite plantar é uma inflamação na sola do pé e ocorre pelo esforço excessivo da região. Esse tecido denominado de fáscia plantar recobre a musculatura da planta do pé e se estende do calcâneo (osso que forma o calcanhar) aos dedos e ajuda a manter o arco longitudinal do pé.
Pisada errada, encurtamento do tendão de Aquiles e da musculatura posterior da perna e esforço excessivo da sola do pé podem ser apontados como fatores predisponentes de fascite plantar, afirma Dr Rodrigo. “A fascite é uma fisgada na planta do pé que aparece porque a área plantar tem uma curvatura natural e precisa se acomodar ao solo. Essa tensão acaba sobrecarregando suas estruturas. O excesso de uso pode gerar inflamação, dor e rigidez na região”, ressalta o médico.
Para quem pratica corrida de rua, os pés podem ser foco de lesões devido à natureza da atividade física. E um dos problemas mais comuns nessa parte do corpo é a fascite plantar.
“Os sintomas relacionados ao espessamento da fáscia são: inflamação, fibrose e calcificação. E o diagnóstico pode ser feito levando-se em consideração apenas os sintomas e realizando testes específicos, sem a necessidade de exames complementares”, relata o médico.
A melhor maneira de tratamento e ainda a mais conservadora é resolver o que está causando a sobrecarga na fáscia, sendo a cirurgia raramente indicada. “Os procedimentos são feitos somente em último caso, quando o tratamento conservador não surtiu efeito”, afirma Dr Rodrigo, que acrescenta que uma rotina de alongamentos e a utilização de calçados específicos para cada modalidade são essenciais para se evitar a fascite.