Logo após o discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, Lula reafirmou o compromisso com o desmatamento zero na Amazônia e disse que o governo "fará todo e qualquer esforço para manter a floresta de pé". O presidente sublinhou que o Governo Federal será muito duro contra qualquer iniciativa que queira "derrubar árvores para plantar soja, milho ou criar gado". E enfatizou: "a Amazônia é um território soberano do Brasil, mas ao mesmo tempo ela pertence a toda humanidade".
Lula responsabilizou países ricos – "aqueles que fizeram a revolução industrial e por isso têm que pagar a dívida histórica" com o planeta. Para o presidente, é deles o compromisso de financiar países em desenvolvimento que têm reservas florestais. "Não foi o povo africano que poluiu o mundo. Não foi o povo latino-americano que poluiu o mundo".
O chefe do executivo brasileiro citou dados que ilustram a importância da floresta amazônica para o mundo. Espalhada por oito países sul-americanos, a Amazônia tem o rio mais caudaloso do mundo, 40% das florestas tropicais, 10% das espécies vegetais e animais estimadas e representa 6% da superfície do planeta. Não bastasse isso, abriga 400 povos indígenas, que falam 300 idiomas.
O Brasil, por sua vez, tem papel central, de acordo com Lula, nesse processo de preservação e combate às mudanças climáticas. Tem 87% da matriz energética limpa e renovável, contra média mundial de 27%. A energia elétrica consumida no Brasil, 50% é renovável, enquanto a média mundial é de 15%.