Brasília/DF - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11/8) a Operação Lucas 12:2, que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, dois em Brasília/DF, um em São Paulo/SP e um em Niterói/RJ.
Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.
Os mandados incluiriam endereços ligados ao ajudante de ordem de Bolsonaro, major Mauro Cid, o pai do ajudante, General Mauro Cid de Lorena, e o advogado da Família Bolsonaro, Frederick Wasseff. O site da PF informa a operação e sua finalidade, mas ainda não trazia, até as dez de meia da manhã, horário do fechamento desta matéria, a confirmação dos alvos.
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.