Primeira agremiação de samba a pisar na Marques de Sapucaí em 2019, a Unidos da Ponte levou azar. Uma chuva torrencial que caiu na cidade atrapalhou seu desfile. Poças d´água, fantasias molhadas e carros alegóricos incompletos, além dos inevitáveis escorregões dos integrantes deram o tom da apresentação.
"Infelizmente tivemos este imprevisto, mas a escola é forte e guerreira", disse a porta-bandeira Camila Nascimento. "Os orixás nos ajudarão", completou o mestre-sala Yuri Souza, enfatizando o enredo da Ponte deste ano, "Oferendas", que faz referência aos ritos dos orixás nas religiões africanas, como umbanda e candomblé.
A agremiação azul e branca da Pavuna, com a bateria comandada pelo mestre Vitinho, fez o máximo para driblar a chuva e veio bem colorida para a avenida, respeitando o enredo em suas 19 alas. Uma das mais animadas foi a "Tem abacate para assain". "Viemos com garra e fé", disse Yara Jovana, uma das integrantes.
A escola trouxe quatro carros alegóricos, o mais bonito deles "Tem amalá para xangô lá na pedreira". Os membros da bateria, fantasiados de ogã, todos de branco, não perderam o ritmo, apesar dos percalços. A rainha de bateria, Rosana Farias, tentou animar os espectadores batendo palmas, sem sucesso. "Estou esperançoso em permanecer na Série A, mesmo com todos os empecilhos", afirmou um dos diretores da escola, Eric Ochuana.