Edital disponibiliza recursos para pré-vestibulares populares do Rio de Janeiro

Estão abertas até o dia 25 de outubro, a próxima quarta-feira, as inscrições para o edital de financiamento de pré-vestibulares populares do Rio de Janeiro. A seleção é uma iniciativa do Fórum de Pré-Vestibulares Populares do Rio de Janeiro (FPVP-RJ) e do projeto Tecendo Diálogos, coordenado por um Comitê Gestor com representantes do Fórum de Pré-Vestibulares Populares do Rio de Janeiro, do Fórum Favela Universidade, organizações da Maré e de Manguinhos, da Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ e, na Fiocruz, da Cooperação Social da Presidência e do Museu da Vida Fiocruz.

O objetivo do edital é incentivar a organização, gestão e mobilização desses cursos que promovem acesso à educação e preparação para o vestibular de estudantes em situação de vulnerabilidade social.

Serão concedidas 27 bolsas de R$ 1 mil e 6 bolsas de R$ 500 durante os dez meses, para um total de 33 pessoas que ocupam o cargo de coordenação dos pré-vestibulares populares selecionados. A contrapartida esperada dos pré-vestibulares é a participação ativa no FPVP-RJ, nas ações políticas que o Fórum se engaja e o apoio na sistematização das experiências consequentes do financiamento, mas para que seja possível sintetizá-las em sugestões de políticas públicas para educação popular.

“A importância de fomentar esses cursos diz respeito ao campo da promoção da saúde, principalmente ao fato de que o aumento da escolaridade significa a redução direta da possibilidade de determinados adoecimentos. Como estudos apontam, quem tem menos de 10 anos de estudos tem mais cinco vezes chances de adoecer de tuberculose, por exemplo”, afirma o coordenador da Cooperação Social da Fiocruz e membro do Comitê Gestor do projeto Tecendo Diálogos, Leonídio Madureira. O estudo que Madureira cita se chama Análise da relação entre escolaridade e a saúde da população brasileira e está disponível no volume 37 da revista Espacios.

Ele ressalta que incentivar a educação popular tem impacto direto na formação de jovens de favelas e periferias. “Não se trata apenas do apoio ao ingresso na universidade, mas uma formação política de cidadãos conscientes, críticos e atuantes para contribuir na luta pela permanência na universidade e territorialização de políticas públicas em favelas e periferias”, completa Madureira.

Para o coordenador do Serviço de Educação do Museu da Vida Fiocruz, Alessandro Batista, “o edital cumpre com uma finalidade ímpar de colaboração de territórios saudáveis em favelas e periferias”. Ele ressalta que “colaborar para um trabalho estruturado desses 'prés' apoia a organização da vida cotidiana e as concepções pedagógicas do curso – o que fortalecerá o ingresso desses jovens nas universidades, principalmente nas públicas”. Para ele fomentar as organizações sociais que empoderam os jovens desses territórios é colaborar para um ambiente saudável nesses locais.

Para inscrever iniciativas na seleção acesse o formulário.