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Dermatologista explica como a psoríase pode abalar a autoestima e o emocional do paciente

Doença que afeta mais de 125 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde

Por Portal Eu, Rio! em 26/10/2023 às 19:54:02

Fotos: Divulgação

Este domingo (29) é marcado pela conscientização mundial à psoríase, doença que afeta mais de 125 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, é uma condição crônica e não contagiosa, mas que em casos severos pode comprometer a qualidade de vida do paciente e, muitas vezes, abalar a autoestima.

A dermatologista Erika Kinoshita explica que a psoríase não tem uma causa específica, podendo atingir homens e mulheres, áreas grandes ou pequenas do corpo. “Há períodos em que a doença pode ficar mais branda ou nem aparecer, mas há situações que causam maior inflamação ao organismo, levando a um agravamento da psoríase. Uso de produtos químicos alergênicos ou abrasivos, alta exposição ao sol, estresse emocional, infecções, viroses e alcoolismo são alguns exemplos do que pode piorar a doença”, explica a médica.

Um estudo realizado pela Hall and Partners, intitulado Closer Together, publicado em 2018, apontou que 62% dos entrevistados relataram alto impacto da doença na vida social e 67% desejavam voltar a ter uma vida normal. “A psoríase é uma doença que afeta a saúde mental de quem sofre com o problema, pois os sintomas são graves, geram incômodos e, muitas vezes, vergonha”, ressalta Erika Kinoshita.


Erika Kinoshita

Os sintomas são definidos por: manchas vermelhas com escamas secas, esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas brancas ou escuras, residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada, às vezes com sangramento, coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma; inchaço e rigidez nas articulações e, em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos os lados do corpo.

“O tratamento é individualizado, conforme o caso do paciente. Em casos mais graves, medicamentos injetáveis são indicados, mas o uso de medicamentos em cremes e pomadas, em conjunto com outras terapias, funcionam em psoríases mais leves. O tratamento sistêmico já usa uma combinação de formas para quem sofre do modo mais grave da doença e para quem não reage bem às outras formas. Tem também a fototerapia, que é um tratamento feito com luz ultravioleta e supervisionado por um médico”, completa Erika Kinoshita.

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