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Quinto detido por participar de ataques nas ruas tem prisão em flagrante convertida em preventiva

Juarez Fontes Tavares Júnior foi flagrado por PMs, em Bangu, ateando fogo em cones de sinalização do BRT

Por Portal Eu, Rio! em 27/10/2023 às 07:17:20

Ataques simultâneos incendiaram 35 ônibus, em retaliação à morte de um chefe miliciano em operação policial na Zona Oeste. Foto: Agência Brasil/Reprodução TV Globo

O juízo da Central de Audiência de Custódia de Benfica converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante de Juarez Fontes Tavares Júnior, o quinto suspeito de participar dos ataques a 35 ônibus na Zona Oeste do Rio na última segunda-feira (23/10). Ontem, três suspeitos também tiveram as prisões convertidas em preventivas e um quarto teve a liberdade provisória concedida com a aplicação de medidas cautelares. Os ataques aconteceram após a morte do sobrinho de um miliciano durante operação policial na região.

Juarez foi preso em flagrante, inicialmente, pela prática do crime de dano ao patrimônio público. Contudo, o Ministério Público entendeu haver indícios de seu envolvimento em atos incendiários. Relatos de policiais militares que faziam patrulhamento pela Avenida Dom João VI, no sentido Santa Cruz, na segunda-feira, afirmam que Juarez foi flagrado ateando fogo em cones de sinalização do BRT.

Circulação de ônibus nas ruas e nas vias expressas para veículos articulados só foi normalizada no dia seguinte, com carcaças incendiadas ainda integrando a paisagem urbana em bairros da Zona Oeste, que correspondem a 40% do território da capital fluminense. Foto: Agência Brasil

“A gravidade concreta do delito está presente. Com efeito, além do incêndio obstruir a via e restringir a livre circulação das pessoas no local, expôs a perigo a integridade física das pessoas próximas. Ademais, não se pode ignorar o contexto fático na data e local onde se deu o flagrante. Como é fato notório amplamente divulgado, no dia 23/10/2023 integrantes de milícia armada incendiaram vias e veículos de transporte na Zona Oeste da cidade, em razão da morte do sobrinho de uma das organizações criminosas da região, conhecido como ‘Zinho’”, destacou o juízo na decisão de conversão da prisão.

Mesmo considerando não haver, ainda, elementos que comprovem o envolvimento de Juarez com a milícia, o juízo entendeu que o ato cometido por ele contribuiu para causar pânico na população da região onde os ataques aos ônibus ocorriam.

“Ainda que nesta fase embrionária não haja elemento nos autos a indicar envolvimento direto do custodiado com a milícia, é certo que sua conduta contribuiu para o objetivo daquele grupo criminoso, ao difundir pânico e medo e expor a perigo a integridade física da coletividade, na mesma data e região onde a milícia atuava com atos semelhantes. Assim, ao menos neste momento inicial, resta evidenciada a gravidade concreta do delito e a necessidade da prisão cautelar como garantia da ordem pública. ”

Processo: 0823597-21.2023.8.19.0206

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

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