O Dia dos Finados está chegando e, com ele, a saudade de quem amamos e que já se foi. Ao longo da história, a morte tem sido uma questão evitada de diversas maneiras. Perder uma pessoa querida faz parte da vida, mas - para a maioria de nós -, lidar com o luto é uma tarefa difícil e dolorosa.
De acordo com Tatiane Paula, psicóloga clínica, quando se trata de lidar com o luto, é importante permitir-se sentir e expressar emoções, sem julgamentos. “É fundamental buscar uma rede de apoio, seja por meio de amigos, familiares, psicoterapia ou até mesmo tratamento medicamentoso, quando necessário. Embora grupos de apoio possam ser úteis, é importante lembrar que o luto é um processo individual, e cada pessoa precisa levar o tempo necessário para ressignificar sua perda e trabalhar a aceitação”.
Segundo Tatiane, Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra suíça, propôs seis fases do luto: negação, que é a dificuldade em aceitar a realidade da perda; raiva, sentimento que pode surgir em relação à situação, a si mesma, aos outros ou até mesmo à pessoa que faleceu; negociação, que consiste na tentativa de negociar com uma força maior, buscando formas de reverter a perda ou evitar o sofrimento; depressão, fase em que a tristeza profunda e a sensação de vazio podem se instalar à medida que a pessoa enfrenta a realidade da perda; aceitação, momento em que a pessoa começa a aceitar a realidade da perda e a encontrar maneiras de seguir em frente; e reconstrução, que envolve a construção de uma nova vida sem a presença da pessoa perdida.
Reconhecer quando um amigo ou familiar está com a saúde mental abalada e oferecer ajuda é crucial. “Alguns sinais de que alguém pode estar passando por dificuldades incluem mudanças de comportamento, oscilações de humor, isolamento social e alterações físicas”, explica a psicóloga. Observar esses sinais e oferecer apoio emocional, encorajando a busca por ajuda profissional, pode fazer a diferença na vida de alguém que está enfrentando problemas de saúde mental.