Fluminense e Boca Juniors decidem neste sábado (04), às 17h, a Conmebol Libertadores 2023. Será a 5ª final com partida única da competição e o Maracanã foi escolhido como palco antes do início do torneio. Mesmo o Flu jogando no próprio estádio, o Boca é o mandante, já que fez a melhor campanha na fase de grupos.
Nas arquibancadas, a torcida tricolor vai estar em maior número e espera conquistar o título inédito. A torcida do Boca, com ou sem ingressos, invadiu o Rio de Janeiro e espera ver o time levantar a 7ª taça para a Glória Eterna. A equipe argentina conquistou a Libertadores em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007.
Fernando Diniz está com todos os seus jogadores à disposição, mas não quis adiantar a escalação. O técnico tricolor deve manter a base dos últimos jogos e optar por Martinelli iniciando e John Kennedy no banco.
Jorge Almirón tem dois desfalques hoje: o capitão Marcos Rojo e o atacante Zeballos, com grave lesão. Mas o técnico vai poder contar com o retorno do zagueiro Valentini, recuperado do problema na coxa, e o atacante Benedetto, recuperado de contratura.
Derrotado na única final de Libertadores que alcançou até então na história da competição (com revés de 3 a 1 na disputa de pênaltis para os equatorianos da LDU em pleno Maracanã no dia 2 de julho de 2008), o Tricolor das Laranjeiras tenta conquistar pela primeira vez a Glória Eterna da Libertadores.
Para isto, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz aposta tanto no bom futebol como na sua força como mandante. Em seis partidas jogando em casa, a equipe brasileira não sofreu nenhuma derrota (foram 2 empates e 4 vitórias, uma delas uma goleada de 5 a 1 sobre os argentinos do River Plate na fase de grupos).
Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (3) o capitão da equipe tricolor, o zagueiro Nino, comentou a oportunidade de decidir a competição em casa: “É especial viver esse momento no Maracanã. Desde que soubemos que a final seria aqui, [estar aqui] foi um objetivo que traçamos. Ficamos muito felizes e conhecemos o campo, mas não sei se é tão determinante. Sei que teremos pessoas queridas presentes, como nossa família e torcida, o que nos enche de motivação e faz com que entremos em campo com um algo a mais”.
Neste contexto a expectativa é de que o Fluminense tente atuar valorizando a posse de bola e abusando da qualidade de seus homens de frente, que criam boas oportunidades para o artilheiro argentino Germán Cano, artilheiro isolado da atual edição da Libertadores com 12 gols. Mas a grande dúvida do torcedor tricolor está na equipe titular que o técnico Fenando Diniz mandará a campo.
“Diferente do Almirón [técnico do Boca], vocês terão que imaginar […]. A base de minha estratégia é colocar [em campo] o melhor time para cada jogo. É isso que farei amanhã”, afirmou Fernando Diniz.
Pelas opções que fez até aqui na competição, o treinador pode optar tanto por uma formação com quatro jogadores de frente (Arias, Cano, John Kennedy e Keno) como pode optar pela entrada de mais um volante no lugar de John Kennedy.
Se o Fluminense busca seu primeiro título na competição continental, o Boca Juniors quer chegar à sua sétima conquista, o que lhe permitiria igualar o Independiente (Argentina) como clube com maior número de troféus no torneio (sete).
Para tentar alcançar este objetivo, os argentinos disputarão a sua 12ª final de Libertadores (um recorde), a primeira desde 2018. Mas ao contrário do Fluminense, que se notabilizou até aqui na Libertadores pela força ofensiva, o Boca tem como maior virtude a solidez defensiva. Para chegar à decisão, por exemplo, os argentinos empataram todos os confrontos do mata-mata: contra o Nacional (Uruguai) nas oitavas, o Racing (Argentina) nas quartas e o Palmeiras na semifinal.
Ao comentar o jogo decisivo com o Fluminense, o técnico Jorge Almirón deixou claro que conhece o estilo de seu adversário: “Acompanho o Fluminense desde o início da Copa Libertadores. É um time que tenta jogar, troca posições e faz isso muito bem. A equipe tem a ideia do treinador muito bem representada em campo, assim como jogadores históricos, que atuaram em grandes times. É uma final e estamos preparados para enfrentar este tipo de jogo”.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE-BRA X BOCA JUNIORS-ARG
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 4 de novembro de 2023 (Sábado)
Horário: 17h(de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Assistentes: Alexsander Guzman (Colômbia) e Dionisio Ruiz (Colômbia)
VAR: Juan Lara (Chile)
FLUMINENSE: Fábio, Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli (Lima, Alexsander ou John Kennedy), Paulo Henrique Ganso e Jhon Arias; Keno e Germán Cano
Técnico: Fernando Diniz
BOCA JUNIORS: Chiquito Romero, Advíncula, Figal, Valentini e Fabra; Medina, Pol Fernández, Valentín Barco e Equi Fernández; Merentiel e Cavani