Com o aumento dos eventos climáticos extremos, fluminenses estão mais atentos à proteção de suas casas. De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), de janeiro a agosto deste ano, o seguro residencial arrecadou no estado R$ 361 milhões. O valor representou um crescimento de 34,4% sobre igual período de 2022. Já o valor devolvido à sociedade, na forma de indenizações, foi de R$ 46 milhões. Segundo levantamento recente da FenSeg, 18% das residências do estado do Rio detêm apólices com proteção para incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil (quando a cobertura paga prejuízos causados a terceiros) - mesmo percentual da região Sudeste.
O aumento na contratação acompanha um movimento nacional já apontado pelo estudo da FenSeg, que revelou uma expansão de 25% na cobertura do seguro residencial entre 2017 e 2021. A participação, que era de 13,6% no primeiro ano da série histórica, pulou para 17%, que representa 12,7 milhões de residências seguradas em todo país.
"Olhando os últimos anos, vemos uma importante inclusão securitária, com mais 2,8 milhões de residências protegidas pelo seguro residencial, chegando a quase 13 milhões de moradias seguradas", afirma o presidente da comissão de riscos patrimoniais massificados da FenSeg, Jarbas Medeiros.
O levantamento da FenSeg cruzou dados das 61 seguradoras que comercializam o seguro residencial no país com números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
"A região Sul tem maior participação por conta de uma maior conscientização da população. Isso acontece pelo fato desta região ser mais atingida por eventos naturais, mas é importante frisar que as mudanças climáticas têm atingido todo o Brasil", comenta Medeiros.
Ainda de acordo com a FenSeg, as coberturas mais comercializadas dentro do seguro residencial são incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e responsabilidade civil. No entanto, apenas 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura de desmoronamento, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total. "É um desafio, e ao mesmo tempo uma grande oportunidade, levarmos estas coberturas menos contratadas aos nossos clientes, esclarecendo sobre a importância de ter um seguro completo que atenda a todas as necessidades", complementa o executivo.
Outra conclusão do levantamento é que os serviços emergenciais, presentes em todos os contratos deste seguro, são cada vez mais acionados pelos clientes. Entre eles, estão chaveiro, encanador, eletricista, vidraceiro, desentupimento, conserto de aparelhos e outros.