Na última sexta-feira (15), a Embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevedo, protagonizou uma discussão com o ex-deputado federal Jean Wyllys, em Genebra, na Suíça.
Na ocasião, durante a fala de Wyllys, Maria Nazareth afirmou que ele era uma vergonha para o país e se retirou do encontro enquanto o ex-parlamentar concluía o seu discurso. Um vídeo acabou circulando pelas redes sociais e gerou polêmica entre os internautas.
Diante da repercussão do fato, o deputado federal David Miranda, membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, e o deputado Glauber Braga, ambos do PSOL, convidarão a embaixadora para prestar esclarecimentos sobre sua postura.
Nesta segunda-feira (18), o requerimento será protocolado na Comissão de Relações Exteriores, e também convocará Ernesto Araujo, ministro das Relações Exteriores do Brasil. Ao portal Eu,Rio!, David Miranda questionou a postura da representante brasileira.
"A atitude da embaixadora foi absolutamente inapropriada. Jean é um cidadão brasileiro, saiu do país porque o Estado não foi capaz de garantir o livre exercício de seu mandato. A embaixadora ataca Jean dessa forma quando deveria ser uma protetora de nossos cidadãos. O governo Bolsonaro nos envergonha em escala nacional e global", afirmou o deputado.
O que disse a Delegação Brasileira
Depois do episódio envolvendo a embaixadora e Wyllys, o perfil oficial da delegação brasileira em Genebra publicou um posicionamento sobre o assunto juntamente com duas páginas de texto em inglês.
"No Conselho de Direitos Humanos, hoje, ao lado da Senadora Mara Gabrilli, defendemos a democracia brasileira e suas instituições. Na mesa, ex-deputado, vestido de vermelho, mostra sua incapacidade de aceitar o resultado das urnas", escreveram.
O portal Eu,Rio! procurou a assessoria do Ministério das Relações Exteriores para tentar um posicionamento do órgão sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria, não obteve nenhuma resposta.