Evocando os elementos da natureza e a ancestralidade negra, ao som dos instrumentos tradicionais do oeste africano e do cotidiano eletrônico, o processo Despertáculo, em sua imersão "Minha avó sempre me disse", de autoria do grupo Dembaia, é um misto de poesia-teatro-música-dança-ritual, com apresentações únicas, do dia 22 a 24 de março, sexta e sábado às 19h30 e domingo às 18h, no Teatro Gonzaguinha.
Com objetivo de revisitar lugares que explicam o passado, presente e futuro, num híbrido de reflexão, denúncia, afeto e amor, que permeiam os corpos pretos diaspóricos, por meio do elenco composto por Ana Magalhães, Beà, Dai Ramos, Sabrina Chaves e Tati Villela, o processo do “Despertáculo” é a busca do "despertar o espetáculo". Como convidados deste processo os artistas Verônica Bonfim e Anani Sanouvi (Togo) executarão uma confluência artística.
Em uma composição cênica onde realidades pretas e femininas são postas em palavras, rituais, corpos, dança, polirritmos de percussão e harmonia, num eterno voltar à fonte ancestral e seguir adiante na direção do afrofuturismo.
Dembaia significa família, na língua da etnia Susu. O coletivo liderado por mulheres negras pesquisadoras, atuantes desde 2014, realizando apresentações, saraus, vivências, aulas e oficinas com conteúdos que abordam principalmente a cultura da África do Oeste, como Guiné, Conacry, Mali, Senegal, em conjunção com referências contemporâneas e afrodiaspórica como, por exemplo, o slam, a capoeira e o jongo. O Despertáculo é um composto de filosofias africanas e afro diaspóricas, na teoria e prática.
O Teatro Gonzaguinha fica na Rua Benedito Hipólito, 125 - Centro, Rio de Janeiro.